“Por isso é importante que os jovens façam o discernimento sobre a opção e a vocação à vida matrimonial. A formação de uma família também corre seus riscos, mas quem ama de verdade aceita correr risco em nome do amor”
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Dentro das celebrações do Mês Vocacional, com alegria celebramos o Dia dos Pais e damos início, neste segundo domingo de agosto, à Semana Nacional da Família que, neste ano jubilar de 2025, traz como tema: “É tempo de Júbilo em nossa vida”, e o lema: “Ora, a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).
É uma graça de Deus podermos a cada ano refletir sobre a realidade da família, a partir dos valores do Evangelho e dos ensinamentos da Igreja, tendo presente que a família marca profundamente a vida de todos nós, porque levamos para a vida os valores que nela recebemos. Nas últimas décadas a família passou por grandes transformações, algumas das quais fragilizaram profundamente a estrutura familiar. Mas nas famílias tem certas coisas que não deveriam mudar: o amor recíproco entre os pais, amor acompanhado de respeito mútuo, de diálogo, de perdão, de reconciliação; amor que expressa ternura dos pais em relação aos filhos; amor, gratidão e respeito dos filhos em relação aos pais.
A mudança social também trouxe vários desafios para a família. Um deles é a fratura da estrutura social, marcada profundamente pela ruptura do núcleo familiar. Isso tem levado muitos jovens a não terem mais uma referência positiva da vida familiar, como espaço de acolhida da vida, de alegria, de amor, de compreensão e de amparo para a vida em todas as suas fases.
Esse cenário tem levado muitos jovens a optarem por não constituir família, a não abraçarem uma vocação. Muitos se deixam dominar pelo medo de constituir família e não é raro encontrar também aqueles que não acreditam na família como lugar de partilha de amor e realização da vida. Em parte, essa reação se deve muitas vezes ao fato de não terem tido experiências positivas no ambiente familiar, ou às vezes carregam dentro de si as incertezas sobre assumir um compromisso de amor partilhado, que perpasse todo o peregrinar da vida.
Por isso é importante que os jovens façam o discernimento sobre a opção e a vocação à vida matrimonial. A formação de uma família também corre seus riscos, mas quem ama de verdade aceita correr risco em nome do amor. Além disso, a família, para manter-se unida, precisa também exercitar no seu dia a dia a escuta, o perdão, a reconciliação e alimentar a “esperança” em relação ao futuro. Para isso é necessário a presença do amor no coração das pessoas. Sem ele, até mesmo o perdão e a reconciliação, por pequenas falhas, podem ficar cada vez mais distante, esvaziando assim o sentido de pertença de um ao outro e o sentido de pertença à uma família, a qual se pode dizer com orgulho: esta é a minha família.
+ Dom José Gislon, OFMCap.
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