“Neste ano santo, temos a oportunidade de percorrer esse caminho de renovação espiritual como ‘peregrinos da esperança’, vivendo à luz da fé o ‘Jubileu da Esperança’. É uma oportunidade para deixarmos que Deus toque o nosso coração”
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Estamos vivendo, pela graça de Deus, o Jubileu de 2025: o “Jubileu da Esperança”. Somos convidados a assumir no nosso coração, de povo de Deus a caminho, que somos “peregrinos da esperança”, mesmo se às vezes nos sentimos feridos e cansados pelos acontecimentos que tocam a nossa vida.
A esperança cristã se alimenta da oração e das escolhas cotidianas, do exemplo de Maria aos pés da cruz, da força dos santos e mártires. Porque cultivar a esperança não significa entregar-se à noite ou preferir a primavera ao outono – nos recorda o Papa Francisco – mas é estar aberto à graça de Deus, à ação do Espírito Santo, que atua na nossa vida para fazer novas todas as coisas. E a Igreja, consciente da sua missão de anunciar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo para construir o Reino de Deus, nos motiva a percorrer um caminho de mudança interior para descobrirmos a beleza da vida nova, que nasce do encontro com a misericórdia de Deus, que cura as nossas feridas e nos faz renascer na fé e na esperança, pelo sacramento da Reconciliação.
Neste ano santo, temos a oportunidade de percorrer esse caminho de renovação espiritual como “peregrinos da esperança”, vivendo à luz da fé o “Jubileu da Esperança”. É uma oportunidade para deixarmos que Deus toque o nosso coração, ferido pelos acontecimentos da vida, mas também pelo pecado que nos fragiliza na nossa dignidade de filhos e filhas do Pai. Segundo Santo Agostinho, o coração do homem é a pessoa no seu íntimo mais profundo, mas para olhar na profundidade de si mesmo, deve-se fazê-lo com a luz de Deus, isto é, a sua misericórdia.
Quando deixamos que a misericórdia de Deus toque o nosso coração, abrimos espaço para uma vida nova, para sairmos de nós mesmos e nos aproximarmos de Deus e dos irmãos. Derrubamos os muros que nos impedem de perceber a ação da graça de Deus atuando na realidade da nossa vida, tirando-a da apatia, do desânimo e da indiferença, para fazer brilhar, também nos pequenos passos do nosso do cotidiano, “a força transformadora da esperança”, daquela esperança que não decepciona, porque nos leva a sermos protagonistas de um novo amanhã.
O cristão, de forma livre e responsável, tem o dever de identificar a necessidade de sua conversão, para reconstruir a sua vida de fé na comunhão com o Senhor. E o caminho desta conversão passa pelo coração, pela humildade, pelo desprendimento, por atitudes e gestos que manifestam a presença de Deus na sua vida. O Jubileu do ano santo de 2025 – “Jubileu da Esperança” – foi dedicado à esperança pelo Papa Francisco, tendo presente as necessidades do mundo de hoje, ferido por tantas formas de violência. Celebramos o “Jubileu da Esperança” porque “acreditamos que no horizonte do homem existe um sol que ilumina para sempre”, afirma o Papa Francisco. Esperamos porque acreditamos que a salvação de Deus tem um rosto: Jesus, morto por todos e ressuscitado por todos.
+ Dom José Gislon, OFMCap.
Bispo Diocesano de Caxias do Sul
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