“Penso que deveríamos resgatar também a essência das pregações de Santo Antônio. O amor a Deus e a caridade, como fruto deste amor, sem esquecermos de defender a dignidade da família cristã”
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! A realidade que estamos vivendo nos convida à solidariedade e à caridade. Quando falamos em caridade, nos recordamos do próximo, mas também dos vários Santos e Santas que, através do amor, do testemunho de vida e das pregações, marcaram gerações e deixaram no coração do povo de Deus, a caminho da casa do Pai, a marca do amor-compaixão pelos pobres, enfermos, órfãos e fragilizados por tantas situações que ferem o sagrado dom da vida.
Um destes homens de Deus foi Santo Antônio. Ele foi um grande missionário, anunciou com ardor a palavra de Deus. E graças à sua pregação, fundamentada nas Sagradas Escrituras, muitas pessoas se converteram; outras que tinham abandonado a vida cristã a retomaram novamente. Foi um árduo defensor da vida matrimonial e das famílias. Combateu a falta de amor e de caridade de uma sociedade que estava perdendo os valores cristãos, e abandonava as crianças à própria sorte, assim como as mães com seus filhos.
Hoje, na religiosidade popular, Santo Antônio é lembrado e invocado, como o santo casamenteiro, da caridade para com os pobres, simbolizada na bênção e distribuição do pão de Santo Antônio. Sem dúvida são gestos bonitos, mas penso que deveríamos resgatar também a essência das pregações de Santo Antônio. O amor a Deus e a caridade, como fruto deste amor, sem esquecermos de defender a dignidade da família cristã.
Quem ama os outros com caridade é, antes de mais nada, justo para com eles. A justiça não é alheia à caridade, não é só um caminho alternativo ou paralelo à caridade, mas é “inseparável da caridade”. A justiça é o primeiro caminho da caridade…”. Santo Antônio soube falar da Palavra de Deus ao coração do povo, incluindo os doutos e nobres, para que se ocupassem do cuidado da vida dos pequenos e pobres, através da caridade, simbolizada muitas vezes na partilha do pão, lembrando que no pão da Eucaristia Cristo Jesus se oferece a todos, e a todos enriquece com a sua graça e a sua misericórdia.
Que a nossa devoção a Santo Antônio nos ajude a entrarmos no coração da história de sua vida, para podermos viver uma profunda comunhão com a Palavra de Deus, encarnada e comprometida com a vida, a justiça e a prática da caridade nos dias de hoje. Ela tem o poder de abrir os olhos do nosso coração, para vermos a presença do Senhor Jesus que caminha conosco, mas também os flagelados das chuvas, os famintos e necessitados em nosso contexto social, que esperam de nós um gesto de amor através da caridade.
Lembremo-nos, queridos irmãos e irmãs, que diante de Deus todos nós somos peregrinos e necessitados. No caminho para a casa do Pai, precisamos ser alimentados pelo pão da Palavra e da Eucaristia, e saciados pela sua divina misericórdia, para vivermos a comunhão de amor com Deus e com os irmãos.
+ Dom José Gislon, OFMCap.
Bispo Diocesano de Caxias do Sul
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