“Com a Palavra de Deus podemos alimentar a nossa fé de ‘Peregrinos de Esperança’ na eternidade. Mas precisamos também sentir na vida, muitas vezes sofrida e machucada, o amor misericordioso que emana da ternura e da bondade do Pai”
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Em comunhão com a Igreja no Brasil, queremos valorizar cada vez mais a importância da Palavra de Deus na nossa vida espiritual, de povo de Deus a caminho, como “peregrinos de esperança”, tendo presente que ela é fundamental para a nossa vida de fé. E neste Ano Jubilar, no Mês da Bíblia, somos convidados a fortalecer a nossa proximidade com a Palavra de Deus meditando sobre a Carta aos Romanos, onde o apóstolo São Paulo nos recorda que a verdadeira esperança não decepciona (Rm 5,5).
A Sagrada Escritura nos revela como Deus falou aos homens através de outros homens, por Ele escolhidos para esse fim, mas sobretudo por meio de seu Filho Jesus Cristo (Hb 1,1-2). Desse modo, a Palavra de Deus tornou-se linguagem humana, sem deixar de ser palavra divina, assim como o Filho de Deus se fez homem sem deixar de ser Deus; e a Palavra de Deus sujeitou-se, tal como Ele, às limitações e condicionamentos da palavra humana, exceto no erro formal.
A verdade da Bíblia é consequência imediata da Inspiração. Com efeito, se Deus é o autor da Bíblia, se toda ela é obra do Espírito Santo, não pode conter qualquer afirmação que vá contra a verdade e a santidade do mesmo Deus. No entanto, não podemos buscar na Bíblia qualquer verdade, mas só aquela que interessa à salvação do homem, ou seja, a verdade religiosa, e só aquela que Deus, causa da nossa salvação, quis que fosse registrada nas Escrituras. Trata-se de uma verdade não puramente especulativa, mas concreta, que não se dirige apenas à inteligência, mas ao homem todo; uma verdade que é preciso descobrir, através dos muitos e variados gêneros literários; uma verdade progressiva, revelada por etapas, obedecendo à pedagogia de Deus em relação aos homens; uma verdade que está em toda a Bíblia e não apenas num livro ou num texto isolado. Por isso, a verdade dos textos sagrados só resulta da totalidade da Bíblia.
Mas devemos ter presente que a Bíblia, mais do que um livro ou uma biblioteca, é uma pessoa – a Pessoa de Deus Pai, que, para entrar em comunhão conosco, pelo Espírito Santo, se revelou em Jesus Cristo, “a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15).
Mesmo na realidade do Terceiro Milênio, Deus continua falando ao nosso coração de filhos e filhas, através da sua Palavra, fazendo parte da nossa vida, da nossa peregrinação terrena. Com a Palavra de Deus podemos alimentar a nossa fé de “Peregrinos de Esperança” na eternidade. Mas precisamos também sentir na vida, muitas vezes sofrida e machucada, o amor misericordioso que emana da ternura e da bondade do Pai, revelado através da sua Palavra.
+ Dom José Gislon, OFMCap.
Bispo Diocesano de Caxias do Sul
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