Com o tema “Peregrinos da Esperança”, o Ano Santo recorda os 2025 anos do nascimento de Jesus; abertura, em Roma, será no dia 24 de dezembro, e nas dioceses do mundo todo, no dia 29; em Caxias, o início será em São Pelegrino em peregrinação até a Catedral
A Diocese de Caxias do Sul se prepara para a abertura do Jubileu de 2025, o Ano Santo que recorda os 2025 anos do nascimento de Jesus. Com o tema “Peregrinos da Esperança”, as atividades terão início em Roma no dia 24 de dezembro, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro e nos dias seguintes nas basílicas de Santa Maria Maior, São João do Latrão e São Paulo Fora dos Muros, no conjunto das quatro basílicas papais. Neste Jubileu, o Papa Francisco também irá abrir uma Porta Santa numa penitenciária de Roma.
Nas demais dioceses do mundo, o Santo Padre determinou, na bula de convocação intitulada “Spes non confundit”, ou seja, “A esperança não engana” (Rm 5,5), que abertura seja no dia 29 de dezembro, festa da Sagrada Família. O que diferencia este Jubileu dos anteriores é a peregrinação, como o próprio tema. Antes da Missa de abertura, em todas as dioceses deve ser feita uma breve peregrinação de uma igreja até a Catedral Diocesana.
A apresentação da programação da Diocese de Caxias do Sul para a abertura do Jubileu foi apresentada em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 19 de dezembro, na Catedral. O evento contou com a presença do bispo diocesano, Dom José Gislon, do vigário geral e coordenador de Pastoral, padre Leonardo Inácio Pereira, e do pároco da Catedral, padre Volnei Vanassi.
Na Diocese de Caxias do Sul, a abertura será no dia 29 de dezembro, domingo, às 18h, na Paróquia São Pelegrino. Lá, Dom José Gislon, dará início ao rito de abertura do Ano Santo. Logo depois, em peregrinação, todos sobem até a Catedral de Santa Teresa D’Ávila, onde, na porta, é feita a saudação à cruz e a entrada solene de todo o povo na Igreja-Mãe da Diocese, onde segue o rito da Missa.
A bula do Papa Francisco determina que no presbitério da Catedral permaneça, ao longo de todo o Jubileu uma cruz em destaque. E pede que o crucifixo tenha relevância histórica para a comunidade. Na Diocese de Caxias do Sul, o símbolo usado será uma cruz datada de 1892, trazida pelos padres palotinos que atendiam a Colônia Caxias e a Igreja Matriz de Santa Teresa.
As Portas Santas serão abertas somente em Roma, mas o Papa Francisco, pede que celebremos com intensidade o Jubileu dos 2025 anos da encarnação também nas nossas Igrejas Locais. O Jubileu concede aos fiéis a graça da indulgência plenária. Se trata de uma graça especial que concede o perdão pleno das penas temporais dos pecados já confessados, podendo ser aplicada também às almas do Purgatório. Para obter essa graça, os fiéis devem realizar uma peregrinação à Roma e às Portas Santas ou outros lugares sagrados determinados pelo bispo diocesano.
Na Diocese de Caxias do Sul, Dom José Gislon, determinou sete igrejas como locais de peregrinação para os fiéis. Elas estão localizadas nas sete Regiões de Pastoral da Diocese, permitindo que o povo de Deus possa peregrinar. Ao longo do ano de 2025, a proposta é que diversos grupos, como ministros, catequistas, zeladoras, dentre outros, possam celebrar o Jubileu dos Peregrinos da Esperança nas diversas regiões, conforme segue:
1 – Catedral Diocesana de Caxias do Sul
2 – Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha
3 – Santuário Diocesano de Santo Antônio, em Bento Gonçalves
4 – Igreja Matriz São João Batista e Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Nova Prata
5 – Igreja Matriz da Paróquia São João Batista, de Dalto Filho, município de Imigrante, região pastoral de Garibaldi
6 – Igreja Matriz da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, município de Antônio Prado, região pastoral de Flores da Cunha
7 – Igreja Matriz da Paróquia São Francisco de Paula, município e região pastoral de São Francisco de Paula
Cada uma dessas igrejas estará identificada com um banner e uma vela do Jubileu, sinal visível de Cristo, luz do mundo, esperança nossa.
Dom José Gislon faz o convite para que a comunidade participe da abertura do Jubileu. “Juntos, no dia 29, somos convidados a darmos esse sinal tão bonito de Igreja Diocesana que, acolhendo esse convite do Papa Francisco também, faz a sua caminhada de ano jubilar. Justamente essa peregrinação da igreja São Peregrino às 18h até a Catedral Diocesana. Eu creio que é uma oportunidade que Deus oferece a cada um de nós, seu povo e nós precisamos saber também acolher essa presença de Deus, esse convite de celebrarmos porque os Jubileus acontecem a cada 25 anos. Então é um momento único na vida da Igreja”.
Com essa motivação, o Papa Francisco quer convidar a Igreja e a humanidade inteira a um tempo especial numa uma grande jornada de fé e esperança, após tempos desafiadores como a pandemia e, porque não dizer em nossa realidade, com as catástrofes ambientais. O Santo Padre também pede um cessar fogo nas guerras e a superação dos conflitos.
O que é um Jubileu?
A palavra “jubileu” tem origem relacionada historicamente ao nome em hebraico “yobel”, o chifre de carneiro que era usado para marcar o início do ano particular que era convocado a cada 50 anos, como contado no livro do Levítico.
Sua proposta no Antigo Testamento era ser ocasião para restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a criação, e implicava a remissão de dívidas, a restituição de terrenos arrendados e o repouso da terra.
Na história da Igreja Católica, o primeiro Jubileu foi convocado pelo Papa Bonifácio VIII, no ano 1300. Tradição que se estende até agora, os jubileus têm vários elementos que se relacionam. São eles:
– a bula de convocação, que neste Jubileu o Papa Francisco intitula “Spes non confundit”, ou seja, “a Esperança não decepciona”;
– a temporalidade (atualmente a cada 25 anos);
– a peregrinação a Roma e à Porta Santa;
– os exercícios de piedade e a frequência aos sacramentos;
– as indulgências plenárias para quem cumpre atos específicos, como peregrinações e obras de caridade.
Atualmente, os jubileus acontecem normalmente a cada 25 anos, mas também pode ser proclamado de forma extraordinária.
Em 2025, a Igreja Católica celebra o Jubileu dos 2025 anos da encarnação do Verbo, do céu que tocou a terra, do Deus que se fez carne e assumiu nossa dimensão humana. É, também, uma preparação para o ano de 2033, quando a Igreja irá celebrar o Jubileu da Redenção, nos 2000 anos da paixão, morte e ressurreição de Cristo.
Como viver o Jubileu?
Com o tema “Peregrinos da Esperança”, o Jubileu Ordinário celebra os 2025 anos da encarnação de Jesus Cristo, e segue o intervalo de 25 anos estabelecido pelo Papa Paulo II, em 1470. A esperança é a mensagem central deste Ano Santo Jubileu.
A celebração do jubileu é marcada por um período especial de perdão e reconciliação com Deus e renovação espiritual, portanto, seu objetivo maior é a conversão.
Mas, como viver intensamente esse Jubileu? Fazendo um propósito de conversão e reconciliação, e realizando uma peregrinação. Em âmbito universal, as peregrinações a Roma, nas basílicas e às Portas Santas. Na nossa Diocese, nas igrejas destinadas ao Ano Santo, nas sete Região de Pastoral:
A graça do perdão e da indulgência
Um tempo de graça, esperança e reconciliação. Assim pode ser resumido o Jubileu que a Igreja Católica em todo o mundo vai viver em 2025.
Na história, o Jubileu é sempre um tempo especial de conversão e busca das indulgências para si ou para as almas do Purgatório. A Penitenciaria Apostólica do Vaticano divulgou o documento que trata da concessão da indulgência durante o Jubileu Ordinário de 2025.
A Igreja quer estimular os fiéis a alimentar o piedoso desejo de obter a Indulgência como dom de graça, próprio e peculiar de cada Ano Santo. A Indulgência é uma graça especial que concede o perdão pleno das penas temporais dos pecados já confessados, podendo ser aplicada também às almas do purgatório.
A indulgência tem em vista a conversão da pessoa, busca oferecer-lhe a possibilidade de iniciar uma vida nova, totalmente iluminada pela graça de Deus. Portanto, receber indulgência significa receber a possibilidade de uma vida totalmente perdoada por Deus, sendo que o pecado e todas as suas consequências tenham sido apagados.
Durante o Jubileu, os fiéis podem obtê-la ao participarem de peregrinações, individuais ou em grupo, a lugares sagrados em Roma ou na própria Diocese de Caxias do Sul.
Por isso, para receber a indulgência exige-se que a pessoa primeiro procure o Sacramento da Penitência, com o coração contrito, ou seja, arrependido e não querendo mais voltar a pecar. Em última análise é uma consequência da doutrina da comunhão dos santos: nós recebemos de Cristo, mas também de nossos irmãos e irmãs que estão na eternidade, o auxílio para vencer as consequências do pecado que carregamos em nossas existências.
Para obtê-la, além das condições habituais, ou seja, a confissão, a comunhão eucarística e a oração nas intenções do Papa, é preciso realizar obras de misericórdia, dedicar tempo à adoração ao Santíssimo, à oração e à meditação.
Aqueles impossibilitados, como doentes ou idosos, também podem obtê-la unindo-se espiritualmente às celebrações através dos meios de comunicação, oferecendo suas orações e sofrimentos.
O Jubileu de 2025 é um convite a renovar a fé, praticar a esperança e viver a caridade. Com o coração aberto à misericórdia de Deus, podemos nos tornar verdadeiros sinais de esperança para o mundo.
Dom José Gislon organizou uma série de vídeos sobre o Jubileu
O bispo de Caxias do Sul, Dom José Gislon, gravou uma série de três breves vídeos contextualizando a história dos jubileus, a organização diocesana para celebrar o Ano Santo e a graça da indulgência plenária. Os vídeos estão no canal da Diocese de Caxias do Sul no YouTube e podem ser acessados em:
- Dom José Gislon sobre o Jubileu de 2025 | Vídeo 1 – O que é um Jubileu?: https://youtu.be/zVxRIhffO60
- Dom José Gislon sobre o Jubileu de 2025 | Vídeo 2 – Como viver o Jubileu?: https://youtu.be/WKbHu_ii6xY
- Dom José Gislon sobre o Jubileu de 2025 | Vídeo 3 – A graça do perdão e da indulgência: https://youtu.be/LJxl02ySrZw
Fonte: Felipe Michelon Padilha
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