A Fetraf-RS se somou nesta sexta-feira(11), ao dia nacional de greve e paralisações contra as propostas do governo Temer que tramitam no Congresso Nacional e que retiram os direitos dos trabalhadores. No estado gaúcho mais de duas mil e quinhentas pessoas participaram das mobilizações em Passo Fundo e Pelotas, contra reforma da previdência social e a PEC 55.
Em Passo Fundo, local do maior ato da agricultura familiar, onde mais de 1500 pessoas participaram, os agricultores iniciaram a concentração às 9 horas, na Praça Tochetto e depois seguiram em caminhada até a agência do INSS da cidade. Pelas ruas, eles largaram grãos de trigo em analogia à semeadura dos agricultores, e também, ao processo de lutas da classe pelos seus direitos. Na chegada ao INSS, em protesto contra a reforma previdenciária, os trabalhadores bloquearam o acesso ao órgão por cerca de três horas.
Após, seguiram até a Praça Teixeirinha, local de encerramento do ato e palco do acampamento de professores gaúchos que lutam por melhorias na educação. No local, os agricultores familiares encerraram o dia de mobilizações com uma mística onde distribuíram pães e semearam trigo. A coordenadora da Federação, Cleonice Back, lembrou que as lutas da classe são como as sementes de trigo, que após lançadas no chão, geram conquistas para todos. E essas conquistas, segundo ela, assim como o pão, são partilhadas, e fomentam sustento e melhores condições de vida no campo.
Na cidade de Pelotas, cerca de mil pessoas participaram da mobilização, que iniciou no largo do mercado público municipal, por volta das 8 horas da manhã. Até as 10 horas os ônibus circulares ficaram retidos nos locais de saída. Após a liberação, os agricultores familiares e demais trabalhadores seguiram em caminhada pelo centro da cidade.
Integraram os atos de hoje representantes do Cpers sindicato; SindiSaúde; Federação dos Metalurgicos; sindicato dos bancários, dos servidores públicos, dos servidores federais, SindiMetal; Uniao Brasileira dos Secundaristas; Cut; CPS Conlutas; Sindicato dos professores do ensino privado; MAB, MST, Movimento de luta por Moradia, deputados estaduais, prefeitos e vereadores.
Na avaliação da dirigente da Fetraf-RS, as mobilizações foram muito positivas e marcaram um dia de unidade de lutas entre o campo e a cidade. “Foram atos grandes e significativos pela quantidade de municípios, agricultores familiares e categorias presentes. O fato dos urbanos e rurais estarem juntos lutando é relevante diante da atual conjuntura, a qual demonstra a necessidade de unidade de todos os trabalhadores contra a retirada de direitos”, destacou Cleonice.
Em nível nacional, a agricultura familiar, através das Fetrafs estaduais e Contraf Brasil, também realizou atos em Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Goiás, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Paraná, Minas Gerais e Ceará.
Fonte: Fetraf-RS
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