Detento da penitenciária de Santa Maria escreve carta sobre a importância do trabalho prisional

No começo do mês de outubro, uma pessoa presa da Penitenciária Estadual de Santa Maria (PESM) escreveu uma carta aberta destacando a importância do trabalho prisional. “Não podemos mudar o que já fomos, mas podemos mudar o que queremos ser”, destaca o apenado. A carta foi escrita em colaboração com outros detentos que trabalham nas oficinas.
Na carta, é ressaltada a formação pessoal e profissional que os presos receberam nas oficinas: “juntos não ganhamos apenas a remição, ganhamos dignidade, respeito de apenados e agentes, uma nova profissão e, acima de tudo, um futuro longe do crime”.
O detento representa o sentimento de todos os seus colegas que trabalham nas oficinas, e faz um agradecimento especial para todos que proporcionaram a estrutura para o funcionamento do trabalho: “Isto não seria possível sem a iniciativa da Susepe de apostar no trabalho prisional e do auxílio inestimável e constante de alguns servidores”.
Oportunidade de trabalho
Implantada em outubro de 2020, a oficina de costura foi a primeira oportunidade de trabalho profissionalizante que aconteceu na PESM, já tendo produzido, através do trabalho prisional, mais de 30 mil máscaras de proteção.
As atividades, que acontecem em turno integral, são coordenadas pela psicóloga da Susepe Graziela Saccol, que salienta: “No acompanhamento das oficinas, fica evidente o quanto as oportunidades de trabalho prisional adquirem caráter transformador na vida das pessoas privadas de liberdade, ressignificando o tempo de cumprimento de pena e oportunizando novas perspectivas de futuro”.
Dos dez trabalhadores que ingressaram no primeiro grupo da oficina de costura, em outubro de 2020, seis trabalham, atualmente, na marcenaria de quadros de formatura, através de convênio de trabalho prisional remunerado. “O trabalho prisional com acompanhamento técnico mostra a potência transformadora no processo de reconstrução da dignidade, de se reconhecer como parte de uma engrenagem, de refletir sobre o passado e planejar o futuro”, destaca a assistente social e coordenadora técnica da 2ª Delegacia Penitenciária Regional, Adriana Rosa da Silva.
Fonte: Assessoria de Imprensa/Susepe
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