O Rio Grande do Sul produz 6.318 toneladas de mel, representando 15% da produção do País, por isso é o principal produtor nacional há mais de uma década, segundo dados do IBGE. A produção de mel está presente em todo o Estado e detém um grande potencial apícola nas regiões da Serra, Norte, Noroeste, Planalto e Centro, até a metade Sul de seu território.
Cenário estadual:
• 484 mil colmeias
• 37 mil apicultores
• Produtividade média: 18 kg / colmeia
• Consumo per capta: 4 vezes superior à média nacional
• Manejo inadequado do pasto apícola
• Falta de padronização na difusão de tecnologias
• Pouca agregação de valor na produção, devido à pouca diferenciação de produtos
Porém o atual momento exige uma atenção a este setor que está ameaçado. De outubro de 18 a março deste ano, pelo menos 400 milhões de abelhas morreram no estado, segundo laudos de coletas feitas por técnicos da Secretaria da Agricultura em 32 municípios gaúchos.
Das 43 amostras de abelhas mortas analisadas pelo laboratório oficial do Ministério da Agricultura (Lanagro), 38 apresentaram presença de agrotóxicos.
O uso descontrolado dos agrotóxicos Neocotinoides em lavouras, tem causando a mortandade das abelhas, prejudicando o processo de polinização de variadas plantas e trazendo graves danos à saúde pública, ao meio-ambiente e a reprodução de espécies vitais para os diferentes biomas afetados.
A única forma de proteger as abelhas, os apicultores, o meio-ambiente, as demais espécies ameaçadas e a população sul-riograndense é proibir o uso destes agrotóxicos.
Por estes motivos, o deputado Pepe Vargas apresentou o projeto de Lei que proíbe a utilização de agrotóxicos neonicotinoides no Estado do Rio Grande do Sul.
“ Não podemos permitir a morte de abelhas, que reconhecidamente são essenciais para a preservação e manutenção da flora e da fauna, em nome de uma suposta proteção contra pragas que atacam as lavouras. ”
O Ministério Público chegou a pedir suspensão do inseticida Fipronil na última semana.
Fonte: Gabinete Deputado Pepe Vargas
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