A Polícia Civil, através da Corregedoria Geral da Polícia (Cogepol), em conjunto com Ministério Público (MP) e a 1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), cumpriram nesta quinta-feira (16/06), seis mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão, em Alvorada e Porto Alegre. A Operação Depuração cumpriu os mandados contra um delegado de polícia, uma advogada, dois policiais civis, um ex policial militar e mais um comparsa do grupo, todos acusados de exigirem valores de presos em flagrante e de familiares de presos para que não realizassem os atos ou sob o pretexto de fiança, apropriando-se indevidamente de quantias.
As buscas foram realizadas pelo Sistema Integrado de Investigações Criminais (Siscrim), bem como por agentes da Promotoria de Justiça de Alvorada, Núcleo de Inteligência do MP, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Força Tarefa da Promotoria de Justiça Especializada Criminal, bem como pela Corregedoria da PC e da 1ª DPRM. O Coordenador do Siscrim, Diego Rosito de Vilas, acompanhou os trabalhos.
As investigações, iniciadas em maio deste ano, dão conta que o grupo cobrava valores acima da fiança e se apropriavam do excedente. O ex-PM e a advogada ficavam do lado de fora da Delegacia, fazendo o intermédio da cobrança junto aos familiares dos presos. A cada plantão, estima-se o lucro de R$ 2 mil a R$ 5 mil. São realizados em média dois plantões por semana. Além disso, eles consultavam indevidamente o sistema restrito à segurança pública para verificar se determinado veículo poderia ser indevidamente restituído, clonado ou adulterado, bem como avisavam a terceiros sobre eventuais investigações policiais em andamento. Os fatos ocorreram na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Alvorada, pelo menos entre março e junho de 2016.
O Chefe de Polícia ressaltou a importância do trabalho conjunto com o Ministério Público em defesa da sociedade. “a Instituição não compactua com esse tipo de ilicitude e esperamos poder apresentar outros trabalhos integrados em prol da sociedade gaúcha, principalmente quando se trata do patrimônio público.”
Após os procedimentos legais, os presos serão encaminhados ao Grupamento de Operações Especiais (GOE).
Fonte: Polícia Civil/RS
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