Publicação é resultado de pesquisa de Daniel da Silva, no Mestrado Profissional em História, em que ele buscou identificar e analisar os elementos do processo de transformação identitária vivenciado pela comunidade do Distrito de São Pedro, em Bento Gonçalves, durante o processo de implantação do Roteiro Turístico e Cultural dos Caminhos de Pedra.
Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História, o pesquisador Daniel da Silva lança, nesta segunda-feira, 7 de outubro, o livro De Colonos do Vinho a Agricultores do Turismo: a Identidade em Transformação no Distrito de São Pedro, Bento Gonçalves (RS). A obra resulta da pesquisa realizada durante seu percurso no Mestrado Profissional em História, área na qual também é graduado pela Instituição. Para desenvolver sua pesquisa, Daniel escolheu voltar o olhar para a comunidade do Distrito de São Pedro, em Bento Gonçalves, onde ele viveu parte da sua infância, e que, há alguns anos, se tornou conhecida por fazer parte do Roteiro Turístico e Cultural dos Caminhos de Pedra.
Com a orientação da professora Eliana Rela, Daniel buscou identificar e analisar os elementos do processo de transformação identitária daquela comunidade.
O livro destina-se às escolas do Distrito de São Pedro, onde será distribuído gratuitamente, bem como aos moradores que participaram da pesquisa e à Associação Caminhos de Pedra. “Assim conseguimos retribuir para a comunidade sua contribuição para a pesquisa, aproximando, ao mesmo tempo, o meio acadêmico da comunidade pesquisada”. Ainda, a partir de um patrocínio privado para a publicação, definiu-se que haverá comercialização da obra em alguns pontos turísticos com o repasse integral da arrecadação para as instituições de ensino locais.
O evento de lançamento ocorre na segunda-feira, dia 7 de outubro, às 19h, na Casa da Memória Merlin (Linha Palmeiro, s/n, Distrito de São Pedro).
A região, na qual o pesquisador buscou extrair seus pressupostos teóricos, integra o roteiro turístico Caminhos de Pedra, que busca evidenciar a característica cultural da comunidade e seu patrimônio arquitetônico, tornando-se alternativa de renda para as famílias locais.
Em seus estudos, Daniel procurou entender o processo vivenciado pela comunidade para criar uma identidade local que, atualmente, atrai turistas e visitantes de diversas partes do país e até do Exterior, a partir de entrevistas com três famílias que participam diretamente do turismo e outras três que não se conectam diretamente com a atividade. “Da vergonha do dialeto, das casas velhas, do estereótipo do colono, para a idealização da figura do imigrante italiano, uma das bases para a criação e a sustentação da atividade turística no Caminhos de Pedra”, resume.
Encontro com o passado
A pesquisa extrapolou o desafio teórico e metodológico, como relata o autor no prefácio da obra, promovendo um encontro com o passado do local onde passou parte de sua infância, na casa dos avós, e suas particularidades. Ponderando sobre as motivações para o estudo, destaca a ligação com a comunidade e a história de sua família e lembra, ainda, de ter presenciado o espanto causado pela chegada dos primeiros turistas.
“Ao entender a identidade como um processo em constante construção e pensar que o ambiente turístico está dirigido não apenas ao visitante, mas, também, à própria comunidade, surge a necessidade de a mesma conhecer a sua história”. Dessa forma, registrando lembranças, emoções, linguagens, pensamentos e representações sociais, Daniel foi além das questões científicas, se aproximando com respeito e gratidão da condição humana, com suas peculiaridades e contradições.
Fotos: Eduardo Benvenutti
Fonte: UCS
Fotos: Eduardo Benvenutti
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