CPI: Ex-assessor diz que usava estrutura da Câmara de Bento para propagar notícias falsas

No começo da tarde desta segunda-feira, 10, teve início a fase de oitivas na Câmara Municipal de Vereadores da “CPI das Fake News”Dênis Alex de Oliveira, ex-coordenador do gabinete do vereador Moacir Camerini (PDT), que juntamente com outros ex-colaboradores do parlamentar, foi desligado e efetuou denúncias no Ministério Público do Trabalho em Caxias do Sul, bem como outras instâncias em Bento Gonçalves, foi o primeiro a depor.

Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente da CPI, vereador Jocelito Leonardo Tonietto (PDT), em forma de perguntas e respostas do depoente.  Camerini teria direito a um advogado, mas abriu mão. Acusado na CPI, solicitou um espaço para contrapor versões de Dênis. Tonietto respondeu que o vereador também terá uma oitiva em data a ser marcada com a oportunidade do contraditório.

Dênis informou que “a pedido do vereador Camerini divulgava em redes sociais material inverídico para atacar pessoas”, admitiu ainda a existência de cinco perfis falsos e a utilização da estrutura da Câmara de Vereadores para estas propagações ou até defender o parlamentar.

Após a oitiva, iniciou a sessão ordinária e ao final, no segundo expediente o vereador Moacir Camerini se manifestou sobre as acusações. Primeiro, informou nova decisão Judicial da juíza de direto Christiane Tagliani Marques que anularia os trabalhos da  Comissão de Ética Parlamentar.

“Uma coisa é falar outra é provar. Tenho como falar e provar, com conversas de grupos de WhatsApp e na minha defesa da CPI vou estar encaminhando”, comentou.

Tonietto em entrevista para Rádio Difusora informou que “tem perfis falsos tentando denegrir a imagem de pessoas, a gente tem que respeitar e usar da verdade nas Redes Sociais. Foi o primeiro passo e agora vamos nos reunir para definir o segundo passo. Como vereador fico muito triste sabendo que usavam da estrutura da Casa do Povo”, disse o presidente da CPI.

A Comissão Parlamentar de Inquérito tem o objetivo de apurar a utilização de estrutura funcional para criação e manutenção de usuários fakes/falsos em redes sociais para propagação de notícias falsas. A duração da CPI é de 120 dias podendo ser prorrogada por mais 60 dias.

Veja como foi o primeiro depoimento:

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora

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