Coordenadoria da Mulher e Centro Revivi realizaram 1984 atendimentos em 2024

Números expressam atitude de dar um basta ao ciclo de violência

A Coordenadoria da Mulher e o Centro Revivi expressa o compromisso com a sociedade de realizar um trabalho em prol da dignidade da mulher vítima de violência. Por meio de um atendimento humanizado, os órgãos promovem um acolhimento com profissionais das áreas da psicologia, assistência social e do direito que auxiliam na quebra da violência.

Para enfrentar a violência, a mulher não está sozinha, pois tem uma rede de profissionais que asseguram condições de dar um basta e recomeçar uma nova vida. Como detalha o relatório, os profissionais têm uma linha onde a escuta tem um fator primordial que cria um vínculo de confiança para o enfrentamento da violência. Anualmente, a Coordenadoria da Mulher e o Centro Revivi emitem um relatório de dados que versam sobre os atendimentos realizados, sendo que no ano de 2024, 1984 mulheres contaram com o apoio dos órgãos. Também foram realizadas 165 visitas domiciliares, 6935 busca ativa (convidando as mulheres a terem atendimento e acompanhamento pela rede, e explicando sobre as medidas protetivas, os cuidados que devem ter, quem elas devem acionar quando houve algum tipo de descumprimento legal), e constadas 322 reincidências.

Vale ressaltar que ao longo de 2024, a Coordenadoria da Mulher e o Centro Revivi realizou diversas palestras em empresas e escolas para fortalecer a difusão e acessibilidade das informações corretas relativas à Lei Maria da Penha e aos tipos de violência contra a mulher que são patrimonial, física, moral, psicológica e sexual. Isso demonstra um processo de conscientização junto à sociedade, onde é preciso ter um engajamento que enfrente as agressões de gênero e tenha como causa o respeito ao direito de liberdade da mulher, à vida e ao controle do seu corpo.

Conforme a coordenadora Patrícia Da Rold, os números atestam uma atitude para a quebra do ciclo de violência. “Eu entendo que as mulheres estão se encorajando mais para fazer denúncias. Quanto mais nos procuram ou a Delegacia da Mulher, significa que elas estão mais informadas e que existe uma rede de apoio no município que vai dar suporte. Assim, ela não vai ficar sozinha nessa luta. Tem situações em que a mulher não tem família e, às vezes, quando tem, não dá suporte. Elas sabendo da rede, elas conseguem uma primeira atitude para se quebrar o ciclo de violência”.

Patrícia destaca o trabalho de poder de levar aos diferentes tipos de públicos as informações corretas de como pedir ajuda, dos direitos que mulher de preservar a sua vida. “Quanto mais são bem informadas, mais entendem que conseguem sair desse ciclo. Nesse sentido, o Centro Revivi sempre realiza ações de conscientização escolas, indústrias, comércio, igreja. Muitas vezes tem-se um público masculino que tem dúvidas.”

Patrícia finaliza dizendo que “tem muitas mulheres que chegam aqui sofrendo algum tipo de violência e elas nem sabem que aquilo é violência. Elas imaginam que a agressão seja só física. Quando isso é compreendido, as mulheres entendem que têm direitos, que elas estão protegidas por lei. Por isso, o trabalho de conscientização precisa sensibilizar para que se tenha essa mudança de comportamento para resguardar a vida da mulher”.

O Estado do Rio Grande do Sul possui 70 Centros de Atendimentos e Bento Gonçalves é referência estadual na área.

Canais de denúncia
Emergência 190
Disque denúncia 180
Guarda Civil Municipal 153
Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher 3454.2899
Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento 3452.3200
Patrulha Maria da Penha (54) 98423.2155
Coordenadoria da Mulher/Centro Revivi 3055.7420 ou (54) 99132.8148

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