Constantes na proposta da Cooperativa Vinícola Garibaldi para que os associados cultivem vinhedos mais produtivos e com mais qualidade, os treinamentos fazem parte de um contínuo processo de qualificação do trabalho do produtor no campo. A cooperativa promoveu mais um deles, desta vez tendo como pauta a NR 31, voltada à segurança e saúde na agricultura, entre os dias 21 e 23 de agosto. Cerca de 15 produtores participaram da programação.
Os trabalhos do encontro versaram sobre a aplicação correta e segura de defensivo agrícolas, tendo em vista às regras da normativa. Ao todo, foram 20 horas de aprendizado, sendo 12 delas dedicadas a conteúdos teóricos e as outras oito direcionadas a práticas na propriedade do associado Henrique Salvagni, na linha Araripe. Realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), o curso passou por conhecimentos básicos, identificação de riscos e formas de armazenagem e descarte de embalagens, além de assuntos relacionados à legislação, a EPIs, às condições climáticas e a tipos de pulverizadores, entre outros. “Frisamos nas tecnologias de aplicação para agricultura, de modo a reduzir os desperdícios e os custos”, disse o ministrante do curso, o engenheiro agrônomo Alcheres Fernando Engeroff.
Esse é um assunto que faz diferença ao produtor. Segundo Engeroff, diversos relataram terem obtido uma economia entre R$ 6 mil e R$ 8 mil de uma safra para outra depois da realização de regulagem e troca de bicos em pulverizadores. A perda de eficiência na pulverização é um dos principais problemas enfrentados por agricultores. “Volumes grandes não significam que sejam aplicações eficientes. Estamos tentando melhorar o início da aplicação, quando tem menos área folhar para aplicar.”, disse.
Para reverter esse cenário, Engeroff reforçou que é preciso maior eficiência na aplicação dos produtos no início, quando há pouca estrutura folhar, e mais completa durante o desenvolvimento da floração. “Essas são as principais épocas para o surgimento de doenças. Por isso, o agricultor posicionar melhor a pulverização, com um equipamento regulado, terá melhor eficiência, o que faz uma grande diferença”, disse. Tais cuidados na produção trazem inúmeros benefícios também ao consumidor. “É um elo dentro da cadeia, e a importância aparece no começo da escala produtiva. O agricultor produz, a indústria beneficia e o consumidor ganha qualidade. Quem compra está mais exigente, quer saber das boas práticas agrícolas, e ao tratarmos dessas informações, agregamos valor ao produto, garantindo que tudo está dentro de um padrão de segurança”, observa Engeroff.
O associado Leandro Guarnieri disse que o curso possibilitou conhecimento em diversos aspectos. “Trouxe orientações para alcançarmos mais eficiência no uso de defensivos, para sabermos como acondicionar e descartar produtos, para termos melhor aproveitamento dos produtos sem ter tanto desperdício no momento das aplicações e para termos mais cuidado ambiental”, enumerou o produtor de linha Santo Alexandre. Treinamentos como esse ocorrem com frequência, e mais de 80% dos associados já foram capacitados.
Crédito da foto: Exata Comunicação, Tiago Garziera
Texto: Viviane Somacal / Exata Comunicação
PG
Defesa Civil realiza coleta de assinaturas para instalação de Pluviômetros em Bento Gonçalves
Executivo poderá contratar novos Contadores após aprovação de projeto na Câmara Bento
Vereadores aprovam reajuste salarial para médicos de Bento Gonçalves