Dados compilados pela Federação Varejista do RS apontam aumento no índice de inadimplência
O cenário do consumo no Rio Grande do Sul é preocupante, conforme os registros do SPC Brasil, em junho, compilados pela Federação Varejista do RS. O Estado teve aumento no índice de inadimplência (11,7%) e também no volume de reincidentes (20,73%), ou seja, aqueles devedores que permaneceram ou saíram e voltaram ao registro no intervalo dos últimos 12 meses. Ainda, houve redução (-15,77%) no volume de consumidores que recuperaram o crédito em comparação com junho de 2024. Nos três parâmetros, a situação do Rio Grande do Sul é pior do que a Região Sul e o Brasil. No mesmo período, houve ainda aumento de 20,21% no número de dívidas acumuladas por consumidor inadimplente, também a um ritmo superior ao observado no Sul e no Brasil.
Para o presidente da entidade, Ivonei Pioner, a situação é reflexo da sequência de dificuldades imposta ao Rio Grande do Sul nos últimos anos. “Fomos impactados pela pandemia da Covid-19, tivemos três anos de secas prejudicando o agronegócio e, por outro lado, passamos por três grandes enchentes, uma delas de proporção histórica. São situações que, somadas, fragilizaram as empresas e a nossa economia, deixando um longo caminho de recuperação pela frente, que requer muito planejamento, estratégia e, acima de tudo, ações colaborativas”, diz.
Na evolução entre maio e junho, porém, houve redução de -4,79% no volume de inadimplentes gaúchos. Neste comparativo, a situação no Rio Grande do Sul é melhor do que na região (-1,29%) e no país (0,93%).
Conforme o levantamento do SPC Brasil, mesmo que tenha havido um movimento de crescimento no número de devedores no Estado a um percentual maior do que nos cenários regional e nacional, nas três esferas houve aumento nos registros. Um quarto dos inadimplentes gaúchos têm entre 30 e 39 anos e, em 41,1% dos casos acumulam dívidas de até R$ 1 mil. No entanto, também é elevado o número de devedores com valores pendentes mais altos. Em 20,53% dos casos, os valores devidos variam entre R$ 2,5 mil e R$ 7,5 mil.
O tempo médio de atraso nas dívidas entre os gaúchos é de 28,3 meses (2,4 anos). A soma das dívidas médias, por consumidor, em junho deste ano, foi de R$ 5.295,01. Valor superior aos R$ 3.943,96 pagos em média por quem está conseguindo saldar suas dívidas. E, para conseguir isso, o tempo tem sido também elevado. Em média, são 9,2 meses para recuperação. E há redução no percentual de recuperação de crédito em relação a todas as faixas de valores devidos considerados no levantamento.
Do total de negativados, 85,65% são reincidentes. Em 65% dos casos, o consumidor não conseguiu sair do cadastro nos últimos 12 meses. Conforme o levantamento, o intervalo entre o vencimento de uma dívida e outra, é de apenas 66,6 dias, ou pouco mais de dois meses. As mulheres são maioria, tanto entre os inadimplentes quanto entre os que conseguem recuperar o crédito, A recuperação, porém, tem um quarto dos casos entre consumidores de 50 a 64 anos, uma fixa etária mais elevada em relação aos devedores.
Fonte: Exata Comunicação
Foto: Diego Dias
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