Embora o Brasil tenha desenvolvido alguns avanços em direção à sustentabilidade, o país ainda precisa progredir em alguns campos para ser reconhecido como uma nação mais ambientalmente responsável. O Dia do Meio Ambiente, lembrado em 5 de junho, é uma ótima oportunidade para que esse debate esteja mais presente na sociedade, de modo a incentivar que algumas práticas ganhem corpo e ajudem o Brasil nessa necessária transformação.
Para identificar algumas delas, o engenheiro de produção Márcio André Kronabauer, da Proamb, reuniu cinco práticas de responsabilidade ambiental que ocorrem em outros países e precisam ganhar escala no Brasil. A seguir, veja as escolhidas pelo profissional, que tem mestrado em Avaliação de Impactos Ambientais.
1 – Desenvolvimento Sustentável. Exprime a relação entre crescimento econômico, conservação ambiental e preocupação social. A partir da sensibilização da sociedade em razão do uso irracional dos recursos naturais e dos impactos ambientais gerados pela ação humana, o conceito de crescimento sustentável se coloca como alternativa que promove a interdependência entre economia, meio ambiente e sociedade.
2 – ESG (Environmental, Social and Corporate Governance). Há, no mercado, poucas empresas sabendo como se aproveitar da prática de Governança Corporativa Ambiental e Social. Encontrar o equilíbrio entre o econômico e o sustentável é o desafio principal. Ele é um grande potencializador de inovação, repensando processos. O crescimento da aplicação das políticas ESG por empresas pode impulsionar o mercado de carbono “tokenizado” (corrida pelo mercado de carbono) e transformar o Brasil em uma grande potência de economia verde.
3 – Construção Civil Sustentável. Propicia a redução de gastos energéticos com iluminação e climatização e evita o uso de matérias-primas de custo elevado. Além disso, tem maior produtividade dos trabalhadores na construção, menor custo de manutenção e redução do impacto no meio ambiente, por meio da classificação das sobras para o descarte adequado com o engajamento na adequação às normas ambientais.
4 – Eco-friendly (amigável ao meio ambiente). Os produtos com esses selos não são muito comuns nas prateleiras dos mercados e, possivelmente, são mais caros. O processo para adequação a essa proposta, muitas vezes, requer um investimento considerável no começo. Por exemplo, instalar placas solares para gerar energia exige um investimento significativo, mas que, com o tempo, é recuperado na economia da conta de luz. Já algumas situações do dia a dia são bem mais acessíveis, como levar uma garrafinha para o trabalho ou o seu próprio copo para evitar o desperdício de copos descartáveis. É preciso avançar na educação ambiental.
5 – Evitar o Greenwashing (maquiagem verde/branquear/encobrir). Essa é uma ação que empresas realizam para “maquiar” os seus produtos ou serviços e tentar passar a ideia de que eles são ecoeficientes, ambientalmente corretos e provêm de processos sustentáveis. É uma estratégia de marketing enganosa presente em muitos produtos e serviços. É praticado por empresas, ONGs e até governos. Nessa situação, o apelo ambiental pode até ser verdadeiro, mas serve como distração para os reais impactos no meio ambiente. Por exemplo, quando uma empresa de cigarros destaca que é orgânico em vez de alertar riscos para a saúde.
Fonte: Exata Comunicação
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