Conab doará cinco mil cestas de alimentos a famílias atingidas pelas cheias no RS

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai doar 5 mil cestas de alimentos para ajudar as famílias atingidas pelas fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada pelo presidente da estatal, Edegar Pretto, durante missão de solidariedade e ajuda do governo federal, nesta quarta-feira, dia 6, no Vale do Taquari e na Serra Gaúcha.

“Nós mobilizamos a nossa estrutura para atender o Rio Grande do Sul. Seguindo a orientação do presidente Lula, tudo o que for necessário nós vamos aportar, porque a Conab tem condições de fazer essa operacionalização das cestas, que foram adquiridas com o orçamento do Ministério do Desenvolvimento Social. Então, esse básico da alimentação para as famílias já está garantido. Nós faremos a entrega onde tiver pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente àquelas que estão fora de suas casas nesse momento”, disse Pretto.

As cestas virão de unidades armazenadoras de Montes Claros, em Minas Gerais, já que o estoque de alimentos da Conab no RS foi usado recentemente para ajudar vítimas de ciclone no estado gaúcho. Conforme Pretto, neste primeiro momento serão entregues 3 mil cestas e, posteriormente, as outras 2 mil. Cada uma contém 21,5 Kg de alimentos e é composta por arroz, feijão, açúcar, farinha de trigo, fubá, macarrão, óleo de soja, leite em pó, sal e sardinha.

Além do presidente da Companhia, também integraram a comitiva do governo federal no RS, por determinação do presidente Lula, os ministros Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional. Eles acompanharam de perto o drama das famílias, prestaram solidariedade e sobrevoaram municípios afetados pelas cheias – Santa Tereza, Arroio do Meio, Estrela, Encantado, Lajeado e Muçum.

Também se reuniram com prefeitos, visitaram abrigos e concederam uma entrevista coletiva à imprensa, ocasião em que falaram das ações de socorro às regiões, como o envio de recursos financeiros. Para isso, as prefeituras precisam apresentar um plano de trabalho, pois é dessa forma que o governo federal pode liberar os recursos previstos para reconstrução e recuperação de estruturas. “Cada prefeitura identifica sua necessidade. Há um tipo de plano de trabalho emergencial que pode ser liberado em até 48 horas”, explicou Pimenta.

Na coletiva, Waldez agradeceu pelo empenho de todos os agentes envolvidos e afirmou que o governo federal está preparado para fazer reconhecimento sumário dos decretos de emergência. “Não faltará do governo federal e do presidente Lula tudo o que for necessário para dar atendimento ao Rio Grande do Sul”, garantiu o ministro, que também fez um apelo para que as três esferas de governo tenham uma “sinergia bem aguçada” na elaboração e condução do plano de trabalho.

Ações do governo federal

O governo federal está auxiliando no atendimento a desabrigados, desalojados e pessoas que ainda estão em áreas de risco e necessitando de atendimento. A prioridade, no momento, tem sido a mobilização de botes do Exército da região da fronteira, de helicópteros da Polícia Rodoviária Federal e das Forças Armadas e ações imediatas para garantir abrigo, segurança, água potável e alimentação para as vítimas.

Uma equipe da Defesa Civil Nacional também apoia as prefeituras nos pedidos de solicitação de situação de emergência e de repasse de recursos. A partir da situação de emergência ou calamidade pública reconhecida, o governo federal pode adotar uma série de medidas para atender a população afetada:

– Unificar o calendário de pagamento do Bolsa Família, que em setembro tem início na segunda-feira (18.09)

– Antecipar parcela do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que corresponde a um salário mínimo, e caso o beneficiário solicite, antecipar outra parcela, que podem ser reembolsadas em até 36 meses, sem juros ou encargos

– Repassar recursos extraordinários para a rede de assistência social, que realiza o serviço de apoio e proteção à população com a oferta de alojamentos provisórios, atenções e provisões materiais, conforme as necessidades detectadas

– Envio de cestas de alimentos

– Recursos pelo Fomento Rural, no valor de R$ 4,6 mil, a pequenos agricultores que tiveram perda na produção.

 

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