Levantamento da Movergs, entidade que representa o segmento, mostra índices de faturamento, empregos e exportações
O primeiro trimestre de cada ano é sempre um termômetro para a economia. O setor moveleiro gaúcho, que passou por um período delicado entre 2019 e metade de 2020, logo seguido de crescimento atípico até o final de 2021, começou a se estabilizar em 2022. Agora, conforme a Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), é possível ter um panorama mais preciso, pois a base de comparação segue uma realidade mais equilibrada.
Baseada nos dados da Secretaria da Fazenda, a entidade apurou que o faturamento das 2.409 indústrias moveleiras do Rio Grande do Sul foi acima de R$ 2.7 bilhões (R$ 2.780.119.422,99) nos três primeiros meses de 2023 – aumento nominal de 7,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A geração de empregos, segundo informações do Caged, teve alta de 34 postos de trabalho (são 36.761 pessoas empregadas no setor).
Já as exportações de móveis, assim como o desempenho brasileiro, tiveram queda. O portal Comex Stat, do Governo Federal, indica que, de janeiro a março deste ano, as vendas de mobiliário gaúcho para fora do país totalizaram quase 52 milhões de dólares (US$ 51.717.885), mostrando uma retração de 21% no comparativo com o mesmo período de 2022. Os cinco principais importadores, em volume de transações, são: Estados Unidos, Uruguai, Peru, Chile e Reino Unido.
O presidente da Movergs, Euclides Longhi, destaca que, além das exportações, o consumo interno também diminuiu – mostrando que o mercado como um todo está mais acomodado. “As oscilações nas vendas para fora do Brasil têm muita relação com questões econômicas momentâneas dos países compradores e acreditamos ser possível melhorar esse cenário no decorrer do ano, especialmente com a realização das feiras Fimma e Movelsul, em agosto, que vão trazer importadores dos principais mercados-alvo para o setor”, comenta.
Quanto às vendas no varejo, que recuaram 10,6% no Brasil e 1,6% no Rio Grande do Sul, Longhi lembra que muitas pessoas já fizeram suas compras no ápice da pandemia, quando estavam equipando suas casas, mas acredita que é possível reestimular o consumo. “Controlar a inflação e baixar os juros, além de uma reforma tributária que não onere as empresas e a população, são medidas econômicas que com certeza beneficiariam os segmentos de bens duráveis, como os móveis”, explica.
FIMMA E MOVELSUL DEVEM REAQUECER O SETOR MOVELEIRO
De 28 a 31 de agosto, as feiras Fimma Brasil (realizada pela Movergs) e Movelsul Brasil (realizada pelo Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves – Sindmóveis), reunirão mais de 500 marcas expositoras no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. O principal encontro de negócios do setor moveleiro nacional vai conectar a cadeia de madeira e móveis de ponta a ponta: Fimma com expositores que são fornecedores da indústria moveleira e de marcenarias, e Movelsul com fabricantes de móveis, colchões e complementos. Juntas, atraem profissionais dos mais diversos segmentos em busca de lançamentos, inovação e negócios.
SOBRE A MOVERGS
A Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) é a entidade que representa as empresas do setor moveleiro gaúcho. Há 35 anos, trabalha em prol do fortalecimento e do fomento de oportunidades para a cadeia produtiva. Comprometida com a defesa dos interesses de seus associados, a entidade atua na ampliação de sua representatividade no contexto político-econômico nacional.
Augusto Vasconcelos / Assessoria de imprensa MOVERGS
Foto: Carlos Ferri
PG
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