Dados compilados pela Federação Varejista do RS apontam resultado positivo de 0,6% no estado para fevereiro de 2025
Em meio a um cenário global de expectativa, com o aumento da taxa Selic para 14,25% em março pelo Banco Central, o comércio varejista do Rio Grande do Sul tem mostrado resiliência e desempenho superior ao observado no restante do país, conforme análise de dados compilada pela Federação Varejista do RS. Esse movimento reflete não só a necessidade de conter pressões inflacionárias domésticas, mas também as incertezas geradas pelas guerras de tarifas entre os Estados Unidos e parceiros, sobretudo a China.
Segundo dados do IBGE, até fevereiro de 2025 o comércio varejista gaúcho acumulou crescimento de 8% no ano, comparado com um avanço de apenas 2,3% registrado em nível nacional. No varejo ampliado – que engloba veículos, motos e material de construção – a diferença foi ainda mais expressiva: 10,1% no RS contra 2,3% do Brasil. Em fevereiro, já descontados os efeitos sazonais, o índice de volume de vendas do comércio varejista do RS avançou 0,6%, enquanto o varejo ampliado recuou 1,3%. No país, o comércio varejista cresceu 0,5% e o ampliado caiu 0,4% no mesmo mês.
A análise por segmentos revela que apenas dois setores ficaram no vermelho no acumulado do ano no Rio Grande do Sul: Materiais para Escritório e Livros, Jornais, Revistas e Papelaria. Nos demais, a maioria apresentou performance superior à média nacional, com destaque para Material de Construção, que cresceu 14,3% no Estado (enquanto, no Brasil, veículos e motocicletas lideraram com 9,5%). Já o segmento de Papelaria voltou a recuar no RS, caindo 2,8% após um salto inesperado de 9,7% em janeiro.
No setor de serviços, o Rio Grande do Sul registra sucessivos resultados negativos: −11% até fevereiro, em contraponto a um desempenho positivo de 2,6% no Brasil. Já a indústria gaúcha acumulou alta de 3,5%, superando o ganho de 1,4% verificado nacionalmente.
O mercado de trabalho formal do Estado também acompanhou a boa fase do comércio. Em fevereiro foram criados 30.693 postos de trabalho na iniciativa privada gaúcha, resultado de 174.685 admissões frente a 143.992 desligamentos. No segmento de comércio, o saldo positivo foi de 2.521 vagas, revertendo o déficit de 2.243 postos apurado em janeiro.
Apesar da dificuldade monetária e das tensões internacionais, o Rio Grande do Sul mostra capacidade de crescimento acima da média nacional em diversos indicadores econômicos. O acompanhamento dos próximos ajustes na política de juros e dos rumos das disputas comerciais globais se mostra fundamental para avaliar a sustentabilidade desse desempenho ao longo de 2025.
Fonte: Exata Comunicação
Crédito: Diego Dias
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