O início dos trabalhos da Frente Parlamentar de Combate à Informalidade, da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, está marcado para esta quarta-feira, dia 26. Na data, ocorre uma audiência pública a partir das 18h. O trabalho com este foco no poder Legislativo é um dos primeiros do Rio Grande do Sul.
O intuito é chamar atenção das autoridades, do poder público e da população em relação ao que o município perde com a informalidade. É o que afirma o presidente do grupo, vereador Rafael Pasqualotto (PP). A baixa arrecadação foi um dos motivos que fez com que se criasse essa equipe de trabalho. De acordo com o vereador, sem a entrada desses recursos, não há como ofertar serviços de qualidade, creches e médicos em unidades de saúde.
“Nós não criamos a frente para combater o emprego, mas o objetivo é combater a informalidade, é tirar aquele conceito do coitadismo. Por exemplo, temos o vendedor que no último estágio daquela cadeia, realmente ele é um pai de família, tem direito ao seu salário. Isso com toda certeza. Entretanto, temos que ver que por trás disso tem , muitas vezes, uma máfia, um crime organizado, que acaba prejudicando o próprio poder público”, explica o parlamentar.
O cenário da informalidade de Bento Gonçalves, assim como em outros locais, é considerado alarmante, de acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas), Daniel Amadio. Isso ao ser levado em consideração fatores como a questão do contrabando de cigarro equivaler à metade do mercado consumidor e a procedência duvidosa de produtos vendidos por ambulantes.
“Se for ver as questões das irregularidades, sim, sempre impacta na economia. Se for considerar os municípios que a gente já visitou, que fez estudos, gira na ordem de 20% a 30% o que se perde com a informalidade”, ressalta Amadio. A audiência é aberta para a participação da comunidade.
Foto: Ipurb/Arquivo
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