Com período de liquidações, comércio varejista de Bento projeta incremento de vendas

As vitrines das lojas exibem palavras que atraem consumidores, como liquidação, promoção e descontos. O consumidor sabe que todas elas trazem vantagens, mas nem sempre conhece o significado e as diferenças entre cada uma delas. Em Bento Gonçalves, esse movimento ganha o incentivo da campanha ‘Liquida Bento, promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas do município.

Em geral, o comércio faz liquidação quando o objetivo é reduzir os estoques. No caso de roupas, por exemplo, para renovar a coleção. As promoções não dependem da época e servem para movimentar o comércio além de promover a loja e por fim os descontos, que fazem parte da negociação com o cliente, por exemplo, quando o produto é pago à vista. Nos três casos, valem todas as regras determinadas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

A possibilidade de pagar menos incentiva o consumo e pode até ser um bom negócio. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas/Regional Bento), Daniel Amadio, as promoções de janeiro representam muito para o comércio, que oferta produtos com um preço mais em conta. Por outro lado, Amadio orienta os lojistas a terem cuidado na hora de formular os preços promocionais.

“Através das promoções já tradicionais de janeiro, os comerciantes acabam ofertando um preço mais em conta para atender os anseios do consumidor que aguarda esse tipo de promoção para adquirir aquele bem que ele tanto quer. Cabe a nós também, como Sindilojas, alertar os lojistas na hora de formular esse preço, muitas despesas tem que estar contempladas na composição do preço do produto e precisa ser bem administrado esse recurso, para que depois não falte dinheiro na hora de adquirir novos estoques e dar continuidade às vendas ao longo do ano”.

Para o gerente de uma loja de eletrodomésticos de Bento Gonçalves, Bruno de Souza, as lojas tem que movimentar o comércio de uma forma diferenciada e ter promoções reais, sem ilusões para o consumidor.

“As lojas tem que fazer isso, procurar movimentar o comércio de uma forma diferenciada. O grande barato é ter promoções reais. Não queira achar que o consumidor vai ser iludido por conta de preços que não condizem com a realidade. Sabe aquela coisa do R$1,99, o cliente já pensa como R$2.”

O proprietário de uma loja do varejo visitada pela reportagem, Gustavo Paim, destaca que uma das principais preocupações é contar com a parceria dos fornecedores para realizar as baixas de preços. Segundo ele, o consumidor quando entra na loja precisa encontrar aquilo que foi prometido na campanha que chegou até ele.

“Nós temos as indústrias, os fabricantes como parceiros. Nós buscamos o apoio desses fornecedores para realizar as baixas de preços e para que o consumidor, quando entre na loja, ele encontre aquilo que foi prometido na publicidade, na campanha que chegou até ele”, explica.

Natural do estado do Maranhão e gerente de loja na Serra Gaúcha, há pelo menos quatro anos, Helena da Cruz de Souza, tem perspectivas de aumento nas vendas nas liquidações de janeiro e fevereiro de 2019, em relação ao mesmo período do ano passado.

“As expectativa são das melhores, nós esperamos um aumento superior a 50% acima do que foi no ano passado”, pontua.

O consumidor deve manter a atenção redobrada ao fazer compras neste período de liquidação. Pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), a loja só é obrigada a trocar um produto no período que ela determinar e se a mercadoria comprada tiver um defeito de fabricação.

Os duráveis têm uma garantia, pelo CDC, de três meses. Portanto, é preciso olhar com atenção. Se a promoção é porque o produto tem um defeito, deve-se pedir ao vendedor que discrimine esse defeito na nota fiscal. Assim, se aparecer um outro tipo de problema, é possível fazer a troca no período de 90 dias.

(Fonte: Airton Ferreira/Central de Jornalismo da Rádio Difusora)

 

error: Conteúdo Protegido