The Ocean Cleanup lançou uma barreira flutuante para retirar os resíduos poliméricos dos oceanos. Pesquisadores da Universidade trabalharam em estudos de caracterização, degradação e reciclagem dos materiais coletados.
The Ocean Cleanup, organização holandesa sem fins lucrativos que desenvolve tecnologias avançadas para remover dos oceanos resíduos poliméricos, os conhecidos plásticos, lançou no último sábado, dia 8 de setembro, o primeiro sistema de limpeza oceânica do mundo na baía de São Francisco. O sistema 001 consiste em uma barreira flutuante em forma de “U” de 600 metros de comprimento que fará uma espécie de varredura no mar.
A UCS destaca-se como a única Instituição do Brasil a fazer parte do projeto. E a contribuição para a iniciativa mundial partiu do Laboratório de Polímeros, onde foram realizadas análises dos resíduos poliméricos retirados dos oceanos, com a finalidade de identificar o nível de degradação e o potencial de reciclagem desses materiais. Os pesquisadores e professores Rosmary Nichele Brandalise e Diego Piazza, e o mestrando Kauê Pelegrini, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos e Tecnologias, desenvolveram estudos sobre caracterização e reciclagem dos resíduos poliméricos coletados nos oceanos. O grupo apresentou também a metodologia de reciclagem mecânica desses plásticos, propondo possíveis aplicações para os materiais.
De acordo com a The Ocean Cleanup, os primeiros resíduos serão coletados dentro de seis meses após a implantação do flutuador. Isto marcará a primeira vez que o plástico flutuante livre terá sido coletado com sucesso no mar. Depois da coleta, planeja-se reciclar o material em produtos e usar os recursos para ajudar a financiar as operações de limpeza.
O flutuador no Pacífico
O sistema de limpeza, chamado de System 001, ficará distante cerca de 450 quilômetros da costa terrestre para um teste de duas semanas. Depois, deve continuar sua jornada em direção à Grande Porção de Lixo do Pacífico, a cerca de 2200 quilômetros do continente, para iniciar a limpeza dessa área, localizada no Oceano, entre a Califórnia e Havaí, e reconhecida pelo acúmulo de resíduos poliméricos.
A região do Pacífico é conhecida como a maior “ilha de plásticos” do mundo. Situada no meio do caminho entre o Havaí e a Califórnia, a área agrega cerca de 1,8 trilhão de peças poliméricas e cobre uma área duas vezes maior que o Texas.
O sistema é projetado para ser impulsionado pelo vento e pelas ondas, permitindo que capture passivamente e concentre os detritos na frente dele. Devido à sua forma, os detritos serão canalizados para o centro do sistema. Movendo-se ligeiramente mais rápido que os resíduos, o sistema agirá como um Pac-Man gigante, roçando a superfície do oceano.
Uma vez bem-sucedida a fase de teste, o projeto The Ocean Cleanup pretende expandir a atuação e alcançar o lançamento de 60 sistemas focados na região da Grande Porção de Lixo do Pacífico, nos próximos dois anos. A estimativa é de que metade do polímero dessa área possa ser retirada dentro de cinco anos. Isso está de acordo com o objetivo final da The Ocean Cleanup: reduzir a quantidade de polímeros nos oceanos do mundo em pelo menos 90% até 2040.
Foto: Projeto The Ocean Cleanup
Fonte: UCS
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