A colheita da uva está em andamento e os frutos com ótima qualidade na região de Erechim. As uvas estão muito doces na região de Santa Maria. E na de Caxias do Sul o processo de colheita tem sido intensamente mecanizado, o que diminui a dependência de mão de obra.
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira, dia 6, viticultores da região de Erechim têm buscado produto da Serra Gaúcha para a produção de vinhos coloniais e de sucos. Estima-se que na região sejam produzidos em torno de 40% do total consumido.
Em decorrência do tempo seco e das altas temperaturas, o ciclo da cultura foi antecipado na região de Santa Maria, onde os cachos amadureceram de 15 a 20 dias mais cedo do que em anos de condições climáticas típicas. Em Quaraí, região de Bagé, continuam os trabalhos de colheita nos 75 hectares de parreirais, alcançando 40% da área.
As condições climáticas da última semana – pancadas de chuva, ventos e redução da taxa de radiação solar – não foram propícias para a maturação dos frutos e para a manutenção da sanidade das plantas na região de Caxias. Contudo, a colheita continuou e já ultrapassou metade do volume produzido.
A colheita da variedade Bordô, mais cultivada, aproxima-se da finalização. A de Isabella foi iniciada em razão da maturação bastante acelerada, como ocorreu com as demais cultivares. Se os parreirais seguirem nesse ritmo de maturação, a colheita deve terminar até final de fevereiro.
Soja
Os cultivos de soja no Estado estão heterogêneos entre as regiões devido à distribuição irregular das chuvas. O plantio está concluído e 42% estão em enchimento de grãos, outros 42% em floração e 16% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo. A condição das lavouras permanece crítica em diversas áreas, especialmente no Centro e no Oeste, onde os volumes de chuva têm ficado abaixo da média histórica desde novembro de 2024. Parte das lavouras apresenta grande redução no potencial produtivo e algumas, perda total, inviabilizando a colheita. A inacessibilidade a seguros agrícolas públicos ou os custos elevados dos privados, em função da recorrência de perdas por eventos climáticos, particularmente no Noroeste, agravam a situação financeira dos produtores.
Mesmo na Região Leste, onde os volumes de chuva foram mais significativos e beneficiaram as lavouras, observam-se algumas irregularidades, principalmente na redução do porte das plantas, o que poderá provocar algum impacto na produtividade.
Em relação ao plantio, as precipitações no final de janeiro proporcionaram umidade suficiente para ampliar a operação em algumas áreas e se considera a semeadura tecnicamente encerrada. Contudo, nas regiões críticas, a área projetada inicialmente não será alcançada. As lavouras recém-semeadas germinaram bem, mas o desenvolvimento inicial dependerá da ocorrência de precipitações.
Em Alegrete, na região de Bagé, estima-se que 5 mil hectares não serão semeados, e áreas significativas apresentam estande de plantas comprometido.
Milho
O período seco e quente favoreceu a maturação das lavouras de milho, resultando em uma evolução significativa da colheita, que passou de 28% para 43% da área projetada. Outros 23% da cultura estão em maturação, 17% em enchimento de grãos, 9% em floração e 8% em germinação e desenvolvimento vegetativo. Na Região Oeste do Estado, a colheita foi concluída em diversos municípios e nas lavouras semeadas no início do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) os resultados estão muito satisfatórios, com mínimas intercorrências causadas por condições adversas.
No entanto, os cultivos semeados mais tardiamente enfrentaram os impactos da estiagem, principalmente onde as precipitações foram baixas. Nessas áreas, as perdas tendem a ser expressivas, uma vez que há comprometimento do porte das plantas e da emissão foliar, além de impacto direto na polinização. Com o período de enchimento de grãos ainda por ocorrer e sem previsões favoráveis de precipitação, o potencial produtivo do milho segue sob risco elevado. No Leste do Estado, onde a frequência de chuvas foi maior, os cultivos mais tardios apresentaram melhores condições.
Após as chuvas de final de janeiro, alguns produtores realizaram o plantio tardio. Contudo, em parte do Estado, os produtores decidiram implantar soja, pois o milho é mais sensível aos períodos de escassez hídrica e à possível elevação na incidência da cigarrinha.
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul
Foto: Arquivo
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