Em um cenário repleto de incertezas ocasionadas pela covid-19, antecipar tendências pode ser vital para as empresas permanecerem atuantes no mercado. O Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), em seu papel de auxiliar os associados, apresenta uma pesquisa sobre consumo realizada com mil pessoas que pode ajudar os empreendimentos a encontrarem estratégias para esse novo mundo que se descortina.
O estudo apresentado na quinta edição do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico, promovido pela Assembleia Legislativa e pelo LIDE-RS, mostra que os estabelecimentos que oferecerem vantagem ou desconto para pagamentos à vista (débito ou dinheiro) serão os preferidos por 50% das pessoas. O Fórum reúne diversas entidades e associações empresariais por videoconferência em diálogos permanente com o Poder Legislativo na busca por ações para amenizar os efeitos da crise.
Para os mil entrevistados das regiões Sul e Sudeste, os setores de alimentação e bebidas, saúde e educação (novas capacitações) representam, respectivamente, com 74%, 43% e 26%, os que eles estão mais pré-dispostos a consumirem com o novo cenário econômico. Por outro lado, elencam viagens (81,5%), roupas e calçados (77,3%), estética e beleza (71,2%) e bens duráveis (57,1%) como itens que estão dispostos a economizar neste momento.
Para quase 60%, o covid-19 não alterará a forma de realizar compras, adotando a conveniência momentânea, independente do meio físico ou digital. Já para 27,7%, a preferência será por e-commerce e delivery. Alguns setores terão uma retomada de consumo mais lenta. É o caso de restaurantes, shoppings, comércio e serviços em geral, turismo e eventos, já que 53,8% não se sentirão seguros para frequentar lojas, bares e aeroportos após a amenização da pandemia. Mas, após o cenário de crise, bares e restaurantes, lojas e comércio em geral, shoppings e salões de beleza, serão os mais frequentados e consumidos. Viagem, com 39%, é o grande investimento que pretende fazer após a normalidade da crise – sendo o carro próprio o meio de transporte para 56% –, seguido de estudos (21,3%), reforma no imóvel (16,7%), compra de imóvel (12,1%) e troca/compra de automóvel (11%).
Medos e desejos
A pesquisa mostrou que os entrevistados têm três medos – contágio, insegurança financeira e violência – e três desejos principais – resgatar a vida normal, viver bem (novos valores) e consumir (diversão/relacionar).
Do público, 53,2% são autônomos, empresários, prestadores de serviço PJ e trabalhadores informais, enquanto 46,8% são CLT, aposentados e funcionários públicos. Desse total, 57% teve alteração na fonte de renda, e 32,1% precisarão de empréstimos e subsídio governamental – fatia que, analisada apenas os trabalhadores informais, sobe para 67,8%, e apenas o empreendedor autônomo, para 46,3%. Outros dados surgidos mostram que o isolamento produziu uma nova consciência, que o mundo vai mudar porque o mindset das pessoas mudou e que houve um reconhecimento do “valor de viver”. A vida normal passa a ser tratada como “novo normal”, com maior reflexão, novos valores e aceleração tecnológica. Para os negócios e as marcas, o estudo aponta que as mudanças são rápidas e que o modelo de negócio exigirá adequação ou reinvenção e que exigem atenção a capacitação dos profissionais e a exigência dos clientes.
A pesquisa foi realizada pela empresa Sunbrand, do grupo porto-alegrense G5. Foram ouvidos moradores das regiões Sul (81,1%) e Sudeste (18,9%) entre os dias 1º e 3 de abril. A maioria, ou 92,6% dos participantes, tem entre 30 e 65 anos, compreendendo a faixa etária da população economicamente ativa. Para acessar, clique aqui.
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