Chuvas frequentes podem prejudicar a safra da uva, diz Emater

No período de maturação e colheita da uva, a pouca umidade é a condição climática ideal para uma safra satisfatória. As pancadas de chuva frequentes, intercaladas com calor, preocupam a Emater de Caxias do Sul.  O teor de açúcar  e podridões  podem interferir na qualidade do produto e derivados.  As condições climáticas, neste ano, de maneira geral, têm se mostrado satisfatórias. Já a queda na temperatura prevista para esta semana não deve prejudicar a viticultura.

De acordo com o engenheiro agrônomo e assistente regional da fruticultura, Enio Ângelo Todeschini,o comportamento do tempo foi positivo, com um acúmulo de horas de frio consideradas excepcionais, com 530 horas sendo registradas mediante 145 horas do ano passado. Os dados foram contabilizados pela Embrapa Uva e Vinho. “Não houve interrupção com picos de calor de abril a setembro. Isso foi muito importante, o que propiciou uma brotação bastante forte e uniforme”, explica.

A primavera também foi considerada adequada para o desenvolvimento e a sanidade dos parreirais, sendo este, segundo Todeschini, um dos raros anos que não são detectadas doença, principalmente, a mufa. “Essa ocorrência foi muito baixa, praticamente inexistente”, comemora. Já nestas duas semanas de janeiro, marcadas pela maturação e pela colheita das variedades super precoces não é considerado positivo o calor, a pouca insolação e pancadas frequentes.

“É uma safra com produtividade muito boa, acima da média. Nós estamos estimando um pouco acima da média. A qualidade, fora essas sub-precoces que estão sendo colhidas apressadamente para evitar perda de graduação de açúcar e incidência de podridões. Ainda as precoces em diante tem toda possibilidade de, se as condições, climáticas retornarem a ser adequadas terá uma safra, além de cheia, de ótima qualidade”, comenta.

Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), a expectativa é que a produção no estado atinja 600 milhões de quilos em 2017.Em 2016, foram colhidos poucos mais de 300 milhões de quilos, com uma perda de 57%.

 

 

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora

 

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