O Palácio Piratini participou pela primeira vez do evento Noite dos Museus, realizado em Porto Alegre no sábado (21/5), e recebeu aproximadamente mil pessoas. A intenção era apresentar a sede do Executivo gaúcho ao público.
Os visitantes adentravam na porta principal e passavam pelo processo de registro. Somente 30 pessoas poderiam estar ao mesmo tempo dentro do palácio. Conforme cinco saíam, a mesma quantidade entrava. A expectativa para conhecer o local era grande, o que provocou uma grande fila.
A primeira visão para quem chega é uma imponente escada, que em seu centro é coberta por um tapete vermelho. Ao subi-la, se tem acesso aos salões principais. De imediato se percebe a beleza do ambiente onde estavam expostas obras de arte trazidas do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul.
Ao chegar ao Salão Negrinho do Pastoreio, uma das primeiras impressões era a trilha sonora formada com interpretações da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), o que proporcionava uma experiência de conexão com o local.
O desenvolvedor de software Rodrigo Ferreira, 35, lia com o celular o QR-code dos painéis informativos que descrevem as obras. Ela participava da sua primeira Noite nos Museus, e o Palácio Piratini não era novidade, mas foi escolhido como ponto de partida.
“Esta é minha primeira atividade do evento. Já visitei o palácio quando estava na escola”, contou. Na sequência, ele assistiria apresentações na Cinemateca Capitólio.
Uma característica do evento foi a presença de várias tribos de pessoas. No início da noite, era perceptível o considerável número de crianças e adolescentes que participavam. O advogado Dirceu Costa Dias Andriotti, 41, levou as duas filhas para conhecer o palácio. Ana Beatriz, nove anos, e Maria Helena, três, estavam encantadas ao percorrerem o Salão Negrinho do Pastoreio. Andriotti afirmou, enquanto olhava entusiasmado para as pinturas de Aldo Locatelli, que as filhas estavam bem empolgadas para visitar o salão, pois elas conheciam a lenda do Negrinho do Pastoreio representada nas pinturas.
Andriotti se encantou com o local. Em sua segunda experiência no evento, tinha curiosidade de conhecer o Piratini e queria apresentar obras importantes para as filhas. “Ainda não tinha vindo ao Palácio Piratini. Decidi escolhê-lo como primeira parada na Noite dos Museus pois tinha muita curiosidade de conhecer esse salão e as pinturas do Locatelli. Sem falar que é uma réplica de Versalhes. Sabia que era muito bonito, por isso vim mostrar para minhas filhas. As obras são lindíssimas”, enfatizou.
De acordo com o assessor do Gabinete do Governador e coordenador do Núcleo de Preservação e Memória do Patrimônio Cultural do Palácio Piratini, Mateus Gomes, inserir a sede do Executivo na programação da Noite dos Museus era um desejo antigo. O Piratini não participou das atividades em 2021, ano do seu centenário, quando foram realizadas diversas atividades a partir da reabertura das portas para o público, conforme o que era permitido pelos protocolos sanitários, mas a Noite dos Museus não ocorreu por conta da pandemia. Neste ano, a equipe procurou a organização do evento para incluir o prédio, que não é um museu, nem centro cultural, mas tem demandas dessa natureza.
“Abrir as portas do palácio é aproximá-lo das pessoas. Ele é um prédio muito importante para a arquitetura do Rio Grande do Sul, uma referência e um ícone arquitetônico. Não existe outro prédio desse tipo no Estado. Ele é cheio de signos”, afirma. “O Salão Negrinho do Pastoreio tem obras pintadas pelo pintor italiano Aldo Locatelli na década de 50. Produzimos informações sobre o que temos aqui dentro, pois é importante que as pessoas conheçam e compreendam o lugar que sedia o governo”, explica Gomes.
A retomada da capacidade de investimento pela atual gestão possibilitou a liberação de valores para a elaboração de um importante planejamento de investimento a longo prazo para conservação do prédio, restauro, inovação e acessibilidade. Esse programa prevê um investimento de R$ 28 milhões, que serão divididos em lotes.
O Piratini tem três modelos de visita: virtual, pelo site; presencial diária, que necessita de agendamento no site e é restrita à área das atividades governamentais; e uma visita que ocorre uma vez por mês e dá acesso, além da ala governamental, à residencial (no momento, essa modalidade está suspensa).
Texto: Giovanni Disegna
Edição: Vitor Necchi/Secom
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