Caxias do Sul vem reduzindo ano a ano seus índices de acidentalidade no trânsito. Em 2016, o município registrou o menor numero de mortes desde 2010. Foram 34 vítimas, 49% a menos que 2010, quando morreram 67 pessoas nas ruas e rodovias caxienses. Os dados foram apresentados pelo Detran/RS, nessa quinta-feira (11), no 2º Seminário sobre Trânsito de Caxias do Sul, que marcou os seis anos da Década de Ação pela Segurança no Trânsito.
Embora o número de mortes no trânsito venha caindo, os acidentes com lesão tiveram um crescimento no ano passado, depois de uma queda acentuada em relação a 2014. Foram 1.491 feridos em 2014, 1.287 em 2015 e 1.421 em 2016. Metade das lesões são resultados de abalroamentos (49%). Choques respondem por 16% das lesões e atropelamentos por 16%.
Acidentes com morte
Analisando o período de 2010 a 2016, a chefe do setor de Estatistica do Detran/RS, Rosane Crivella, apontou que os atropelamentos responderam por 28% dos óbitos no período. Esse percentual é maior que a média do Estado, onde os atropelamentos representam 22% do total de acidentes. As colisões fatais, por outro lado, somam 44% dos acidentes em Caxias, enquanto no Estado são 49%. Condutores e passageiros somam 45,3% das vítimas, motociclistas e caronas são 27,6% e pedestres representam 25,7% das mortes no trânsito do município.
As rodovias concentram 55% dos totais de acidentes fatais no município, sendo a BR116 a mais violenta, que contabilizou 85 vítimas no período analisado. Em seguida, ficam a RS453, com 80 mortes, e a RS122, com 78. Entre as vias municipais mais críticas estão a Avenida Rubem Bento Alves (20 mortes) e a Rua Moreira Cesar (11 mortes).
Segunda-feira é o dia da semana mais perigoso no trânsito em Caxias do Sul, reunindo 21% das mortes. A segunda é mais violenta até que os finais de semana. Os sábados e domingos acumulam 31% das mortes no município (média inferior a do Estado, que concentram 40% dos óbitos nos finais de semana).
Seminário
O evento faz parte da programação do Rio Grande do Sul no Maio Amarelo e abordou também os impactos dos traumas na previdência e na sociedade; a presunção de culpa no acidente pela visão do IGP e a recuperação de acidentados e os crimes de trânsito. Reunindo autoridades e técnicos da área de trânsito, o seminário também fez um balanço da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, através da análise dos dados estatísticos.
O diretor-geral do Detran/RS, Ildo Mário Szinvelski, participou da abertura e falou sobre os resultados do Estado. Embora com um aumento da acidentalidade neste ano de 2017, o RS está cumprindo a meta estabelecida pela ONU para a Década. “Considerada a meta da ONU para redução de 50% da tendência crescente de óbitos, a expectativa era diminuir pelo menos em 36% até 2016. Superamos a meta, reduzindo em 40% a tendência. Isso representa 1.131 vidas preservadas somente no ano passado. Muito ainda há a ser feito, mas estamos no caminho”.
Fonte: Detran/RS
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