Um homem acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi condenado por matar o próprio filho em 2011 em Caxias do Sul. O réu recebeu uma pena de 14 anos de prisão pelo homicídio qualificado com cumprimento inicial no regime fechado, mas ele pode recorrer em liberdade. A qualificadora foi recurso que dificultou a defesa da vítima: Endrigo de Oliveira, de 24 anos de idade.
O jovem foi morto com um golpe de faca no pescoço enquanto dormia na residência da família. A motivação alegada foi o fato de que o filho, dependente químico, furtava pertences da família para adquirir os entorpecentes. No mesmo dia do crime, ele tentou matar outros três filhos e o investigado, em um primeiro julgamento, foi absolvido pelo homicídio e pelas três tentativas. O MPRS recorreu, mas o Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) anulou apenas a absolvição pelo homicídio, mantendo as das três tentativas.
O novo julgamento ocorreu nesta quinta-feira, dia 8 de agosto, em Caxias do Sul. Ao todo, quatro testemunhas foram ouvidas, além do interrogatório do réu. O promotor de Justiça Leonardo Giardin fez a acusação em plenário. Segundo ele, “foi um crime marcado pela brutalidade, em que o réu atacou a vítima, seu próprio filho, que estava dormindo no sofá e acordou com uma faca cravada no pescoço. O réu foi absolvido em 2018, mas o julgamento foi anulado pelo TJRS. Submetido a novo júri, finalmente prevaleceu a justiça, com a resposta civilizada a um crime bárbaro, covarde e inaceitável”.
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