A Dona Núria, uma santanense com 40 anos de vida em Porto Alegre, foi nesta sexta-feira (20/10) à tarde ao Largo Glênio Peres para retirar uma nova cópia da certidão de nascimento, documento que vai precisar para refazer a carteira de identidade. Já o Juarez, morador na Zona Norte, foi buscar informação sobre o processo de revisão de pensão. Esses são dois exemplos entre quase três mil casos que foram atendidos durante os três dias do Cartório Cidadão, mutirão promovido em cinco cidades pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, por meio da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ), para emissão gratuita de certidões de nascimento e casamento e outros serviços voltados à parcela mais vulnerável economicamente da sociedade.
Em parceria com cartórios extrajudiciais e entidades representativas da classe e instituições públicas, a iniciativa aconteceu, além da Capital, simultaneamente em Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Santa Maria. No total das localidades, foram 2.098 emissões de certidões e 300 registros de escrituras públicas de desejo de doação de órgãos.
Juiz-Corregedor responsável pela matéria extrajudicial, Felipe Só dos Santos Lumertz esteve nas cinco cidades para acompanhar as atividades. E avaliou o que viu. “Diante dos números que conseguimos alcançar, podemos concluir que foi um sucesso”, diz, observando que a iniciativa agregou novos serviços em relação a evento semelhante (Registre-se) de maio, que teve apoio do CNJ. Ele mencionou o Corregedor-Geral, Desembargador Giovanni Conti, indutor da realização do mutirão, e agradeceu aos parceiros. Segundo o magistrado, a intenção é de levar a iniciativa a localidades que não receberam o Cartório Cidadão dessa vez, permitindo o acesso aos serviços a mais comunidades carentes. “Nossa finalidade é instrumentalizar cada vez mais o exercício da cidadania à população”, afirmou Lumertz. Na passagem a Santa Maria, ele deixou registrado em escritura pública a intenção de doar órgãos.
“Liguei a TV e estava dando essa benção de notícia”, explicou sobre como soube do evento a Dona Núria, ex-lancheira, que agora, aos 69 anos, recebe auxílio-doença. Ela aproveitou o mutirão para solicitar a certidão de nascimento.
Fonte: TJ-RS
Foto: Juliano Verardi/DICOM-TJRS
PG
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