Candidatos ao Piratini: Sartori fala de sequência de trabalho, defende a renegociação da dívida com a União e a privatização de estatais

Na manhã desta quarta-feira, dia 29, a Rádio Difusora apresentou a terceira entrevista da série com os candidatos ao Palácio Piratini, nas eleições de outubro. A vez foi do atual governador, e que tenta a reeleição, José Ivo Sartori (MDB), defender sua candidatura e prospectar os próximos quatro anos, caso volte a se sair vencedor no pleito deste ano.

Quando questionado do porque tentar a reeleição, Sartori afirmou que foi “escolhido” para a tarefa, mesmo relutando em conformar a candidatura – Sartori foi o último candidato a confirmar presença nas eleições de outubro. Segundo o candidato o principal desafio é encontrar o equilíbrio entre as receitas e as despesas “o Rio Grande do Sul gastou mais do que arrecadou por mais de 40 anos, e nós temos que ter um estado que caiba dentro do bolso que a gente tem”.

Sartori voltou a defender a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal e a privatização de empresas estatais como saída para investir em saúde, educação e segurança “durante o tempo da suspensão do pagamento da dívida, nós queremos que o estado continue caminhando, como nós estamos trabalhando, pra tornar um estado sustentável, desburocratizado, eficiente e atrativo para as novas empresas. Eu sei que os gaúchos hoje estão desalentados, descrentes, mas eu sou otimista com o RS, nós vamos vencer a crise, porque fizemos uma caminhada até aqui fazendo aquilo que era necessário”.

José Ivo Sartori enalteceu o trabalho feito nos quatro anos de governo destacando a renegociação de parte da dívida com a União, a ampliação do prazo desse pagamento, e o que ele chamou de “coragem”, para fazer o corte de gastos proposto pela sua equipe de governo desde a data da posse, em 2015.

A desburocratização do empreendedorismo também foi destacado pelo candidato “alguém que queria investir levava até 900 dias para a liberação de uma licença ambiental, hoje com segurança nós temos uma média de 40 dias pra sair uma licença”. Ainda segundo Sartori as medidas tomadas em seu governo eram necessárias e pensando no futuro.

Segundo o governador, em sua gestão, foram atraídos milhões em investimentos para o estado, lembrando que Sartori viajou por diversas vezes para a Europa em busca de acordos comerciais. Investimentos nacionais também foram destacados pelo candidato “Hoje eu estou vendo que por causa da desburocratização do estado, tem muitos empreendedores de outros estados que vem pro RS por causa da facilidade, por exemplo o caso das lojas Havan”

A segurança Pública também foi tratada pelo candidato. Segundo ele a crise de segurança não atingiu somente o estado mas sim o Brasil inteiro, mesmo assim uma série de investimentos foram realizados na área, como a criação do sistema SIM (Sistema de Segurança Integrada com os Municípios), o Programa de Incentivo a Segurança Pública, a abertura de concursos públicos na área e o chamamento de agentes aprovados no último concurso, além de citar também a construção de presídios, entre eles o de Bento Gonçalves “ quando abrimos a possibilidade de permuta de imóveis do estado para construção de presídios, coloca pro município a saída de uma cadeia no centro da cidade, o que não seria possível se não fizéssemos esse programa de permuta de imóveis”. Sartori citou também investimentos na área de educação, saúde, Trabalho, desenvolvimento social, esporte, cultura, entre outros.

O candidato a reeleição não figiu do assunto servidor público durante a entrevista. Segundo Sartori medidas foram tomadas durante seu governo para solucionar a questão do déficit com o servidores, principalmente os inativos e pensionistas, que são mais de 50 % da folha do estado “tomando atitudes como fizemos com a previdência complementar, hoje os servidores que entraram a partir de agosto de 2016, vão participar como igual o regime geral de previdência social do país, ninguém vai se aposentar fora do teto do INSS, se alguém quiser ter uma aposentadoria maior vai ter que contribuir mais”.

Segundo ele assim o estado vei ter uma capacidade suficiente no que diz respeito a previdência. Ainda segundo o governador apesar do parcelamento os salários dos servidores são pagos dentro do mês de vigência “os salários sempre são pagos dentro do mês, as vezes a gente atrasa outros fornecedores pra pagar dentro do mês e também nós decidimos uma questão, primeiro estamos pagando religiosamente inclusive o reajuste de toda a área da segurança que no início do nosso governo estavam entre os piores salários do país”. Finalizou o candidato

Ouça a entrevista:

As reportagens são exibidas durante o programa Rádio Jornal 1ª edição (7h-8h) e podem ser ouvidas no 890 AM ou no http://difusora890.com.br/live/.

Na segunda-feira, dia 27, o entrevistado foi Eduardo Leite (PSDB), seguido do candidato Jairo Jorge (PDT) na terça. Nesta quinta, dia 30, é a vez de Júlio Flores (PSTU)que tenta. . Na sexta-feira, a partir das 7h25 do dia 31 (data que inicia a Propaganda Eleitoral Gratuita no Rádio e TV), Mateus Bandeira (NOVO).

Na próxima semana, dia 3 de agosto, é a vez de Miguel Rossetto (PT) e por fim, dia 4, na terça, Roberto Robaina (PSol). As Eleições 2018 tem o primeiro turno dia 7 de outubro e o segundo turno, no dia 28 do mesmo mês.

Fonte: Central de Jornalismo Difusora