Campanha “Faça Bonito” é lançada em Bento

Foi lançada na tarde desta quinta-feira (3) em Bento Gonçalves a Campanha “Faça Bonito – Proteja Nossas crianças e Adolescentes”. Na ocasião, o município distribuiu material de conscientização e alerta, bem como cronograma de atividades para as escolas do município e da Rede Estadual. O grande destaque da Programação fica por conta da caminhada que acontece no dia 18, com uma caminhada pelas ruas da cidade.

Na ocasião, a juíza Eveline Buffon, da Infância e Juventude, destacou que os dados são alarmantes no que se refere a estatísticas. “A grande maioria dos casos acontece em casos de pessoas próximas. Padrasto, vizinho, parente, amigo. Houve por muito tempo uma cultura de silêncio. Se evitava se falar sobre o assunto, porque incomodava. Mas devemos falar sim, para encontrar soluções, conscientizar a população”.

O promotor Elcio Resmini Menezes, de Infância e Juventude, destaca que as audiências mais difíceis de seus 27 anos de exercício da função são exatamente as relacionadas à violência sexual contra crianças e adolescentes. “O fato é que devemos fazer um trabalho e orientação, combate e prevenção. Proteger de fato o menor”, afirma.

O coordenador do Conselho Tutelar de Bento Gonçalves, Paulo Ricardo Souza acredita que o aumento nos últimos anos de casos de violência sexual não é necessariamente um aumento de fatos e sim um aumento de denúncias. “Com certeza outros fatos não vem à tona. Notamos em Bento um aumento de ocorrência e isso acontece porque agora as pessoas estão tendo coragem de denunciar e trazer isso a público”.

A campanha é organizada pela equipe da gestão da Secretaria de Habitação e Assistência Social (SEMHAS) e tem o propósito de mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

Para a secretária da pasta, Milena Bassani, “Bento Gonçalves vem desenvolvendo esse trabalho em rede para ações continuadas de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Sensibilizar a comunidade e criar uma consciência de proteção, promoção e prevenção aos direitos da criança e adolescente é condição necessária para o enfrentamento dessa demanda”, enfatiza.

 

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