Construída em meados de 1880, a Casa Bertarello é uma edificação de três pavimentos em alvenaria de pedra, representando uma significativa expressão da arquitetura da imigração italiana no município. Atualmente utilizada com fins comerciais, a construção mantém características originais e é considerada de grande valor histórico, arquitetônico e cultural.
Segundo o projeto, a proposta foi respaldada por parecer unânime do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (COMPAHC) e já conta com tombamento provisório lavrado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPURB).
De acordo com a justificativa, o tombamento visa não apenas preservar a memória da imigração italiana, mas também fortalecer a rota turística Caminhos de Pedra, que reúne edificações tradicionais em pedra e constitui importante atrativo cultural e econômico para a cidade.
Com a aprovação do projeto, a Casa Bertarello passa a integrar oficialmente o conjunto de bens protegidos pelo Município, ficando sujeita às normas de preservação previstas na legislação municipal.
Gabrielli (MDB), ao se declarar favorável ao projeto, destacou que a preservação do imóvel é importante devido a história ali presente, além de elogiar a região dos Caminhos de Pedra pelos investimentos no setor turístico. “Nós estamos valorizando os nossos antepassados”, comentou. Postal (PL) afirmou que compete ao Legislativo buscar equilíbrio entre o desenvolvimento futuro e a preservação da história.
Anderson Zanella (Progressistas) seguiu na linha do colega afirmando que a atuação da Câmara nas decisões é válida e necessária. “Aqui está um exemplo claro de valorização da cultura, da história, do quanto a gente valoriza o que é nosso.” José Antonio Gava (PSDB) citou o Vale do Rio das Antas e o Vale do Buratti como regiões de Bento Gonçalves que podem receber os mesmos investimentos.
Edson Rogério Biasi (Progressistas) pontuou que diversas regiões da cidade tem capacidade para receber investimentos, visto as belezas naturais. Moisés Scussel (MDB), ao ser favorável ao projeto, disse que “nós vemos inúmeros casos onde a preservação de uma fachada ela significa ‘preservação do patrimônio’ e não está correto. Ou você preserva tudo, ou não preserva nada.” Para Scussel, é necessário haver critérios claros do que é patrimônio histórico e o que não é. Bellé (PL), morador do Vale do Buratti, disse que a região pode e deve ser utilizada de forma turística, assim como São Pedro.
Devolução de terreno
Na mesma sessão, os parlamentares aprovaram o *Projeto de Lei nº 95/2025*, de autoria do Executivo, que autoriza o Município a reverter a doação de um imóvel de 400m² localizado na Avenida Presidente Costa e Silva, no bairro Planalto.
A área havia sido doada em 1982 à Sociedade Musical de Bento Gonçalves para a construção de sua sede, porém, após mais de quatro décadas, a obra não foi realizada. Diante do descumprimento da finalidade da doação, o bem retorna agora ao patrimônio público municipal.
Gabrielli (MDB), Anderson Zanella (Progressistas), Postal (PL), Edson Rogério Biasi (Progressistas) e Gilmar Pessutto (União) se manifestaram.
Fonte e foto: Comunicaçã0 – Câmara bento
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