Nesta segunda-feira, 24, foram apresentados os dados do Cadastro Vitícola 2013-2015 do Rio Grande do Sul, além de uma avaliação da viticultura nos últimos 20 anos. O trabalho foi coordenado pela pesquisadora Loiva Maria Ribeiro de Mello, da Embrapa Uva e Vinho, local da apresentação. A edição foi realizada pela unidade local, com apoio do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do RS (Seapi-RS) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Nos últimos anos a viticultura se deslocou da Serra para outras regiões. Há 20 anos representava 90% do Estado, enquanto atualmente está em 80%. A viticultura está sendo importante também para outras regiões”, comentou Mello.
No Rio Grande do Sul são cultivadas 138 variedades de uva, entre Vitis vinífera, para produção de vinhos finos, e uvas americanas e híbridas, para produção de vinhos de mesa e sucos. Destas, 30 são responsáveis por 95% da área total de cultivo e duas delas, Isabel e Bordô, representam 49,19% da área do Estado.
Em termos de áreas plantadas com videiras em solo gaúcho, de 1996 até 2001 houve um crescimento de 3,9% em média. Contudo, após 2011 foram registrados decréscimos. De 41.432,20 ha, caiu para 40.232,55 ha em 2015, ou seja, uma redução de 2,89%, em quatro anos.
A cultivar híbrida Isabel ocupou 26,09% da área vitícola, seguida pela Bordô que foi responsável por 23,10% da área total. Com quase metade da área vitícola do Estado, estas duas cultivares são utilizadas principalmente para elaboração de suco e vinho, são também para doces e consumo in natura.
Para o presidente do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Dirceu Scottá, isto representa “o que vem acontecendo. O crescimento dos espumantes e sucos, que repercute na viticultura, na característica dos vinhedos e nas variedades”, mencionou.
As dez cultivares de maior área, acumularam 79,65% da área total e foram pela ordem: Isabel, Bordô, Niágara Branca, Concord, Niágara Rosada, Seibel 1077, Jacquez, Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Isabel Precoce.
As cultivares Vitis vinifera L., usadas para elaboração de vinhos finos tranquilos e espumantes, utilizaram 6.354,40 ha e representaram 15,85% da área vitícola do Estado, em 2015. As cultivares de maior expressão representaram 77,33% da área e 75,40% da produção de uvas. Dentre as Vitis vinifera L., as uvas tintas somaram 55,34% da área.
A cultivar Cabernet Sauvignon, primeira em área, ocupou 1.028,69 ha e produziu 8.044,18 t, em 2015. Na sequência aparecem as cultivares Chardonnay, com área de 1.011,40 ha e produção de 7.410,77 t, Merlot com 759,92 ha e 8.046,17 t. A cultivar Moscato Branco, quarta em área e primeira em produção, ocupou uma área de 540,19 ha e produziu 13.343,57 t. Essa é a principal cultivar utilizada nos produtos da Indicação de Procedência Farroupilha.
A cultivar Pinot Noir, quinta em área cultivada, usada principalmente para elaboração de espumantes, com agregação de valor nas áreas de indicação geográfica, apresentou área de 442,66 ha e produção de 3.131,61 t. As cultivares Tannat, Riesling Itálico, Trebbiano, Prosecco e Cabernet Franc, ocuparam pela ordem da sexta à décima posição, com áreas de 323,46 ha, 292,81 ha, 180,16 ha, 169,96 ha e 164,36 ha, respectivamente
Durante o período do estudo tem se destacado, pelo aumento contínuo da área, a cultivar Pinot Noir, que passou de 53 ha em 1996, para 344 ha em 2015. A cultivar Tannat apresentou crescimento na área até o ano de 2007, atingindo a área máxima de 421 ha, passando para 352 ha em 2015. A Cabernet Franc possuía 308 ha em 1996, atingiu o pico em 2004, com 414 ha, e na sequência, em 2015, 213 ha.
Desde o ano 2000, a coordenação técnica do Cadastro Vitícola é realizada pela Embrapa Uva e Vinho, por delegação do Mapa. O projeto é financiado pela Embrapa e pelo Ibravin, com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis) e conta com o apoio de outras instituições e entidades (sindicatos de produtores, Emater/RS e associações de produtores).
A solenidade contou com a presença do chefe geral da Embrapa Uva e Vinho, Mauro Zanus, do prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, presidente da Câmara de Vereadores, Moisés Scussel, deputado estadual, Elton Weber, do secretário Estadual da Agricultura, Ernani Polo, da senadora Ana Amélia Lemos, de Lírio Turri, representando o deputado Ronaldo Santini, da presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves, Inês Fagherazzi, bem como vereadores, representantes do setor e lideranças em geral.
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Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
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