Bento Gonçalves tem quarta melhor performance de criação de emprego no RS

Em janeiro, cidade registrou saldo positivo de 855 vagas, mostra análise do OECON, do CIC-BG

Depois de registrar, em dezembro, um saldo negativo de empregos (-204) ante cinco meses positivos, Bento Gonçalves voltou a contabilizar nova alta em janeiro. Segundo os dados do Novo Caged, o município encerrou o primeiro mês de 2021 com impressionantes 855 postos de trabalho. A performance foi a quarta melhor do Estado – apenas Vacaria, Caxias do Sul e Novo Hamburgo ficaram à frente –, sendo superior até mesmo a marcas de meses pré-pandemia. No comparativo com janeiro de 2020, o crescimento foi de 35%.

Segundo a análise do Observatório da Economia do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (OECON-CIC-BG) os números foram impulsionados principalmente pela indústria, com um saldo de 576 empregos, seguido pelo setor de serviços, com 245. Na área industrial, as maiores contribuições vieram dos setores moveleiro (+155), alimentício (+135) e de bebidas (+107), enquanto no segmento de serviços o principal responsável pelo desempenho foi a área de serviços de escritório e apoio administrativo (+179).

Para o integrante do OECON, Fabiano Larentis, embora janeiro tenha sido um mês de grande desempenho na geração de empregos, o agravamento da crise sanitária em março pode significar alteração nesse rumo. “A situação atual em que se encontra a pandemia amplia o quadro de incertezas em relação à evolução dos empregos verificada a partir de julho de 2020”, comenta o também professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS).

O mês de janeiro de 2021 encerrou com Bento Gonçalves registrando um total de 45.524 empregos formais. “O dado se aproxima do maior indicador já registrado na série, em 2014. Esse número também é quase 2% superior a 2020, mesmo com a atual situação de pandemia, que ainda não havia sido deflagrada da mesma forma no ano passado”, observa Larentis. O professor diz que a projeção seria chegar aos números da séria mais alta – 46 mil – em março deste ano. “Porém, devido ao recrudescimento da pandemia em fevereiro de 2020 no país, tais números muito provavelmente serão diferentes”, aponta.

 

Fonte: CIC/BG
Foto: Divulgação

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