Bento Gonçalves atingiu, em outubro, o maior volume de empregos formais desde o início da série histórica do Observatório Econômico, organizado pelo Centro da Indústria, Serviço e Comércio de Bento Gonçalves (OECON-CIC-BG), em 2020. São 50.435 pessoas empregadas no município, o que representa 3,8% a mais do que no final do último ano, como apontam os dados do Novo Caged. No acumulado do ano, a cidade contabiliza um saldo de 1.839 novos postos de trabalho. É o 10º município que mais gerou empregos no Rio Grande do Sul em 2024.
As 247 novas vagas em outubro superaram inclusive a projeção feita no OECON do mês anterior, quando era esperado chegar a 50,2 mil pessoas empregadas em outubro. Quando considerado somente o setor da Indústria, Bento Gonçalves é o segundo que mais gerou empregos no Estado nos primeiros dez meses do ano, com saldo de 1.348 vagas. Somente na indústria moveleira, são 572 novos postos. Uma tendência que tem sido reforçada a cada mês deste ano, especialmente após o choque das inundações de maio. Neste mês que abre o último trimestre do ano, porém, o bom indicativo no levantamento é a recuperação do setor do Comércio, fortemente prejudicado pelas cheias.
Em outubro, o setor apresentou saldo de 77 novas vagas _ no acumulado entre janeiro e outubro, são 101 vagas. A variação em relação ao mesmo período do ano passado ainda é negativa, de -38,4%, No entanto, em setembro este índice era de -84,6%. A variação de empregos em relação aos dez primeiros meses do ano passado em Bento Gonçalves é bem superior ao que acontece no Estado e no Brasil. Enquanto no município, há avanço de 48,4%, no Rio Grande do Sul, já vivenciado a recuperação após as cheias, a variação é de 23,5% e no Brasil, de 18,7%.
A criação de MEIs também está em alta em Bento Gonçalves. Foram 89 novos registros em outubro, um pouco abaixo de setembro, quando foram 111. Atualmente, são 12.969 MEIs ativos no município.
A maior variação setorial no município fica por conta da Construção, com crescimento de 900% na geração de empregos em relação ao mesmo período do ano passado, acima dos 730% registrados no Estado, como efeito da reconstrução pós-cheia. Também em alta, a Indústria teve variação de 296,5% em Bento Gonçalves no mesmo comparativo.
Quando considerados os segmentos de cada setor econômico, a fabricação de móveis segue liderando o fortalecimento da economia local. Em outubro, o segmento teve saldo de 47 novas vagas, e no acumulado do ano, 572. A construção de edifícios foi o segundo segmento que mais gerou empregos em outubro (44 vagas). No acumulado do ano, são 83 vagas. Na Construção, fica somente atrás dos serviços especializados em construção, que acumulam 122 novas vagas em 2024.
Por outro lado, o setor de Serviços é o que ainda se ressente mais no pós-cheia. Tem variação negativa de -84,9% em relação aos dez primeiros meses de 2023. No acumulado, os segmentos de alojamento (-147) e alimentação (-46) apresentam leve recuperação nestes últimos dois meses, com saldo positivo de 10 vagas em alimentação em outubro, mas ainda não consolidam uma retomada. Entre os Serviços, os segmentos de atenção à saúde humana, com saldo de 99 vagas acumuladas no ano, e de educação, de 69 vagas, contrapõem as demais atividades.
De acordo com Fabiano Larentis, que lidera o estudo, a projeção é de que novembro não supere o volume de empregos observado em outubro. Seguindo a tendência observada nos anos anteriores, há decréscimo nos postos de trabalho no penúltimo mês do ano. Desta forma, a perspectiva é de que Bento Gonçalves feche novembro na faixa de 50,3 mil pessoas formalmente empregadas.
Fonte e foto: Alessandro Manzoni – Exata Comunicação
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