O bento-gonçalvense Eduardo Lazzarini, 30 anos, é o primeiro da fila de transplantes de pulmão no Rio Grande do Sul. Desde os 3 meses de vida, quando foi diagnosticado, ele realiza tratamento para amenizar os sintomas da fibrose cística, uma doença genética, crônica e progressiva, que afeta diversos órgãos.
A rotina de cuidados é intensa desde o diagnóstico da doença e inclui nebulizações 3 vezes ao dia, fisioterapia e exercícios que ajudam a eliminar a secreção produzidas pelo pulmão. Mas mesmo seguindo as orientações médicas integralmente, Lazzarini precisou se adaptar à progressão da doença e a consequente perda de capacidade respiratória com o tempo.
Há dois meses Lazzarini está internado no Hospital das Clínicas, em Porto Alegre, onde recebe tratamento enquanto permanece ligado a um aparelho de oxigênio e aguarda um doador compatível.
“Eu sei que depois do transplante minha vida vai mudar bastante. Vou voltar há anos atrás, quando eu tinha fôlego para respirar melhor, caminhar. Não preciso muito mais do que isso. São coisas simples, como estar perto dos amigos, estudar, trabalhar. Isso já será uma vitória”, descreve.
Setembro Verde e Setembro Roxo
Neste mês, coincidentemente, duas campanhas são realizadas de forma simultânea e Lazzarini está diretamente ligado a ambas. A primeira é o Setembro Roxo que busca a conscientização sobre a Fibrose Cística. ““A falta de informação às vezes atrapalha. Algumas pessoas se afastam por medo de que a gente transmita a doença, mas isso é impossível”, avalia Lazzarini.
A outra é o Setembro Verde, que incentiva a doação de órgãos. “É importante lembrar que cada pessoa pode salvar até 8 vidas. Eu sei que é um momento de luto, perda de uma pessoa querida. Mas na dúvida, diga sim. Não é um assunto tão bom de conversar, mas diga para sua família que é doadora de órgãos. Quem receber esses órgãos vai renovar as energias e continuar com a esperança de realizar os próprios sonhos”, completa.
CIHDOTT Hospital Tacchini
No Hospital Tacchini, a Comissão Intra Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) existe há quase 20 anos e, atualmente, conta com 18 profissionais que atuam diretamente nas ações que contribuem para a doação de órgãos e transplantes, tendo já realizado mais de 1,2 mil captações de órgãos e mais 250 transplantes de córneas.
Todos os órgãos captados são distribuídos através da Central de Transplantes, em Porto Alegre, órgão que controla e regula a fila de espera no Estado. As córneas são encaminhadas ao Banco de Olhos do Hospital Geral, em Caxias do Sul e o tecido músculo esquelético vai para o Banco de Ossos do Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo.
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