Bento: crimes de estelionato aumentam e prejuízos se aproximam de R$ 1 milhão em julho

Os crimes de estelionato tiveram uma alta repentina em Bento Gonçalves nos últimos meses, principalmente em julho, quando 89 casos foram registrados, no período compreendido entre os dias 1º e 27, uma média de quase três casos por dia, somando aproximadamente R$ 1 milhão de prejuízo às vítimas.

Somente em três casos foram R$ 490 mil de prejuízo. Duas pessoas tiveram prejuízo de R$ 200 mil cada e uma perdeu R$ 90 mil, quando estelionatários ligaram para as vítimas se passando por funcionários de agências bancárias. O criminosos orientam as vítimas a baixar um aplicativo que acaba dando acesso remoto aos falsários que conseguem movimentar as contas das vítimas

O aumento vem se intensificando durante a pandemia do Coronavírus. Em 2020, até o mês de março, a média de golpes de estelionato era de 30 a 40 casos por mês. Já durante a pandemia, chegou a ser registrado um pico de 140 casos. Entre os tipos de golpes mais comuns estão o velho golpe do conto bilhete, da falsa compra no cartão de crédito, do falso perfil no whatsapp, entre outros.

Em entrevista à Rádio Difusora a delegada Maria isabel Zerman Machado, titular da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), e que responde interinamente pela Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) onde são registradas as ocorrências de estelionato e demais golpes, orienta a população a manter a atenção para não ser lesado pelos criminosos .

“Fiquem muito atentos há qualquer contato de pessoas estranhas, não passem documentos pelo WhatsApp, ou acreditem que fizeram compras no seu cartão de crédito, porque essas são informações que os estelionatários usam pra fazer os saques de valores posteriormente das contas bancárias, fazendo empréstimos, PIX, por isso temos que ter cuidados”.

A delegada ressalta também sobre a incidência do chamado golpe dos nudes, onde as vítimas são ludibriadas pelos golpistas a enviar fotos íntimas e posteriormente recebem o contato de pessoas extorquindo-as com a ameaça de divulgação das fotos, entre outras formas de exigir dinheiro das vítimas.

Sobre as investigações e formas de reaver o prejuízo das vítimas a delegada enfatizou que raramente as pessoas conseguem ter de volta os valores que perderam. “Os estelionatários acabam levando todas as economias das vítimas e esses valores dificilmente serão recuperados pela dificuldade que temos na investigação e pela rapidez que os criminosos repassam esses valores para outras contas, sacam esses valores, então raramente as vítimas são restituídas”, alerta

A delegada ainda reforça o pedido de atenção das pessoas à mensagens e ligações de números estranhos, mesma que no caso de aplicativos de conversas ou redes sociais, as fotos dos perfis sejam de pessoas conhecidas, pra evitar o golpe do perfil falso, e no caso de pedidos de dinheiro, que as pessoas busquem contato por outros meios com a pessoa pra saber realmente que se trata da mesma. Maria Isabel orienta também as pessoas a nunca informarem dados pessoais, ou bancários através do WhatsApp, ou por telefone, senhas, cópias de documentos, cartão de crédito entre outros. Na dúvida as pessoas devem contatar as agências bancárias.

Central de Jornalismo / Unidade Móvel Difusora

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