O terceiro dia da Feira de Tecnologia para Viticultura (Tecnovitis) – 2ª edição, foi marcado pela realização de uma audiência pública conjunta das frentes parlamentares da Vitivinicultura e Fruticultura da Assembleia Legislativa e de Apoio à Vitivinicultura da Câmara Federal. Cerca de 300 pessoas participaram, entre produtores rurais, representantes de entidades e lideranças políticas.
O foco dos debates foi a discussão sobre a valorização da qualidade e defasagem do preço mínimo da uva. Apesar de não ter sido divulgado pela Conab, órgão do Ministério da Agricultura, é praticamente certo que não haverá correção no preço neste ano, mantendo-se em R$ 0,92 o quilo da variedade isabel.
Melhores condições e valorização do produtor, a tributação do setor, são outros temas que estiveram em pauta.
O coordenador da audiência pública, o deputado estadual Elton Weber, presidente da Frente Parlamentar da Vitivinicultura e Fruticultura da Assembleia Legislativa, levará à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e ao Ministério da Agricultura, em Brasília, solicitação de revisão do valor do preço mínimo pago pela uva, além de outros pleitos. “Preocupante a situação, queremos tratar desta questão o mais rápido possível, reverter o quadro”, antecipou o deputado.
“Precisamos dar tranquilidade aos produtores. Queremos contribuir ainda mais com o fortalecimento da cadeia produtiva”, afirmou o deputado Afonso Hamm, presidente da Frente Parlamentar de Defesa e Valorização da Produção Nacional de Uvas, Vinhos, Espumantes e seus Derivados, da Câmara dos Deputados.
Representando a Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS), Olir Schiavenin, mencionou que o “produtor tem que ser recompensado. É um absurdo a não correção do preço mínimo da uva”, explanou.
“O que posso dizer é que hoje está sendo flexibilizado o registro de agricultores familiares como produtores de vinho. Como pessoa física, se facilitou este processo”, afirmou o fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, José Fernando Werlang, sobre recentes avanços para o setor em termos de políticas públicas elaboradas pelo órgão.
Do encontro, que teve a presença ainda do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Sindicatos Rurais, deputado Tiago Simon, deputados federais Pepe Vargas e Luis Carlos Heinze, foi definida a Carta da Tecnovitis 2017, com todas as demandas do setor vitivinícola que serão levadas ao Governo Federal.
Outro momento importante da Audiência foi a assinatura de um convênio entre Ibravin e Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), para fortalecer a promoção do Enoturismo no Brasil e no exterior.
A Tecnovitis encerrou nesta sexta-feira, com mais de 12 mil visitantes em três dias. A realização foi do Sindicato Rural da Serra Gaúcha e o patrocínio do Sicredi, com apoio do Bento Convention Bureau, Circolo Trentino de Bento Gonçalves, Emater/RS, Estado do Rio Grande do Sul, Embrapa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Hotel Villa Michelon, Ibravin, IFRGS, Sebrae, Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho (SEGH), Sociedade 8 da Graciema, Aprovale, Fepagro, Fetag-RS, Sindivinho RS e Prefeituras de Bento Gonçalves, de Pinto Bandeira, de Garibaldi e de Monte Belo do Sul.
Fonte e fotos: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora
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