EGR registra animais utilizando travessias para animais instalados na rodovia
Bugios-ruivos, ouriços, gambás e outros mamíferos já estão aprendendo a atravessar a ERS-040, no município de Viamão, em segurança. Durante as atividades de monitoramento dos 21 passadores aéreos, instalados pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), foram registradas imagens dos animais utilizando as pontes de corda com familiaridade.
Desde a implantação, em outubro de 2022, todo o processo de adaptação e utilização das pontes pelos animais tem sido acompanhado. As imagens captadas fazem parte da etapa de monitoramento de uso dos passadores pela fauna.
Conforme o registro oficial de atropelamentos de fauna, entre janeiro e abril de 2023, após a instalação das passarelas, foram registradas 80 mortes de animais. No mesmo período do ano passado, 262, uma redução de 70%.
O diretor-presidente da EGR, Luiz Fernando Záchia, ressalta que os dispositivos aumentam a segurança da rodovia para usuários e para as comunidades do entorno, mas principalmente mitigam o impacto ambiental ocasionado principalmente pelo atropelamento de animais. “Naquela região restam alguns trechos de cobertura florestal de mata atlântica e a presença de animais que vivem nas copas das árvores é muito grande. Assim, as medidas adotadas pela EGR visam a preservação deles, em especial o bugio-ruivo, ameaçado de extinção”, explicou.
Os especialistas do Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Nerf/Ufrgs) explicam que a fase ainda é de reconhecimento e adaptação da fauna às novas estruturas. É esperado que haja um aumento na aprendizagem dos animais com o passar do tempo, refletindo na diminuição dos atropelamentos.
De acordo com a gerente de engenharia da EGR, Camila Roberta Kohler, as pontes de corda estão instaladas em seis zonas críticas da ERS-040, entre o quilômetro 13 e o 16, no quilômetro 21 e entre o 39 e o 42, ambos em Viamão. “São estruturas específicas para animais que se deslocam pelas copas das árvores, oportunizando o deslocamento para que eles encontrem um caminho seguro para o cruzamento entre os dois lados da rodovia”, explicou.
Segundo o diretor-técnico da EGR, Luiz Fernando Vanacor, os usuários e os moradores participaram deste levantamento, respondendo às entrevistas realizadas nas áreas favoráveis à presença desses animais. “Os locais foram previamente vistoriados em conjunto com a equipe responsável pela instalação das pontes. Todo o processo continuará sendo acompanhado pela equipe especializada e servirá como base para a atualização dos dados e estudos”.
Esses pontos foram definidos a partir de estudos realizados por especialistas do Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Nerf/Ufrgs) e conferidos quando da elaboração do projeto. Os critérios considerados foram os registros de mortes de animais, o número de carcaças localizadas ao longo da rodovia, o monitoramento de especialistas, o mapeamento da vegetação florestal e, por fim, a identificação do bugio-ruivo nos ambientes marginais da estrada.
A equipe atua em conjunto com a STE – Serviços Técnicos de Engenharia na execução do projeto, que faz parte das ações do Programa de Proteção e Monitoramento de Fauna da EGR.
Fonte e foto: EGR
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