IDI-RS, divulgado pela FIERGS, cresceu 1,7%, mas houve queda na comparação mensal
O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), levantamento divulgado nesta segunda-feira (29 ) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), aponta para um crescimento de 1,7% do setor no primeiro trimestre de 2019, na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse aumento foi verificado na maioria de seus componentes: faturamento real (5,5%), compras industriais (1,7%), UCI (1,7 p.p.) e emprego (0,6%).
A massa salarial real (-2,1%), por outro lado, foi o único indicador a mostrar queda, enquanto as horas trabalhadas na produção (+0,1%) ficaram estáveis. “Os resultados de março indicam que o processo de recuperação lenta e gradual, iniciada no final de 2016, começa a dar lugar para uma estagnação. A melhora do mercado interno é tímida e insuficiente para puxar o crescimento do setor, e a crise na Argentina afeta grande parte dos segmentos voltados para o mercado externo”, afirma o presidente de FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
Na análise por setor dos três primeiros meses do ano, a indústria de Veículos automotores (16,8%) e Tabaco (24%) continuam sendo os destaques positivos, mas o modesto desempenho da atividade no primeiro trimestre reflete o comportamento setorial disperso: crescimento em oito dos 17 pesquisados. As principais pressões negativas vieram de Alimentos (-2,6%), Couros e calçados (-2,2%), Químicos e derivados de petróleo (-2%) e Produtos de metal (-1%).
Na comparação mensal, em março, o IDI-RS registrou queda de 3,1% comparativamente a fevereiro de 2019, já descontados os efeitos sazonais. Fora a contração provocada pela crise dos caminhoneiros em maio de 2018 (-8,8%), esse foi o pior resultado desde janeiro de 2017 (-3,2%) e fez o índice de atividade retroceder ao nível de janeiro de 2018. A distorção provocada pelo Carnaval, não totalmente eliminada pelos ajustes sazonais, provocou impacto negativo em março, que é normalmente alavancado pelo maior número de dias úteis, alerta o presidente da FIERGS.
Os componentes do IDI/RS, historicamente mais voláteis e mais sujeitos a variações no calendário – faturamento real (-7,8%) e compras industriais (-6,3%) –, registraram as quedas mais expressivas. Também houve recuos na utilização da capacidade instalada (UCI: -0,6 ponto percentual) e na massa salarial real (-1,2%).
A base anual também foi, em parte, afetada pelo “efeito carnaval’ em março, com dois dias úteis a menos do que em 2019. Relativamente ao mesmo mês do ano anterior, o IDI-RS chegou à menor taxa em dez meses: +0,4%.
RECUPERAÇÃO – Para retomar o processo de recuperação perdido, serão fundamentais os avanços efetivos na agenda de reformas, principalmente a da Previdência Social, observa Petry. Nesse sentido, a melhora nas expectativas dos empresários gaúchos, motivada pelo governo brasileiro comprometido com o ajuste das contas públicas e as reformas, ainda não está sendo acompanhada por uma reação concreta. Isso se dá em função da demanda interna insuficiente ou pela recessão argentina, cenário que impede a expansão mais intensa do consumo e dos investimentos.
Fonte: Fiergs
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