AstraZeneca: risco de problemas sanguíneos é de 1 em 100 mil casos

Um estudo feito com 2,53 milhões de pessoas, na Escócia, mostrou que a vacina anticovid AstraZeneca pode causar problemas sanguíneos em 1,13 casos a cada 100 mil pessoas que receberam a primeira dose do imunizante, até 27 dias após a aplicação.

Na pesquisa, publicada na importante revista cinetífica Nature Medicine, os cientistas detectaram casos da doença chamada PTI (púrpura trombocitopenia idiopática), mas destacaram que o problema é tratável e não houve nenhuma morte causada pela moléstia após a imunização.

Os sintomas mais comuns da doença são surgimento de hematomas, hemorragias e pequenas manchas vermelho-púrpuras na parte inferior das pernas.

Os pesquisadores ressaltaram que os benefícios da vacina produzida pela Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) superam muito o pequeno risco. Acrescentaram, ainda, que a própria covid tem mais chance de causa PTI do que a vacina.

O estudo também relatou possíveis riscos, mas muito pequenos, da formação de coágulos sanguíneos arteriais e sangramento associados à AstraZeneca.

Porém, o ensaio ressaltou que não havia dados suficientes para concluir que a vacina estava ligada a um tipo raro de coágulo sanguíneo no cérebro chamado trombose do seio venoso cerebral. No começo do ano, relatos desses coágulos levaram alguns países a suspender ou limitar o uso da vacina.

Como solução para os possíveis problemas, os pesquisadores sugeriram o uso de vacinas alternativas para as pessoas com baixo risco de covid-19, assim que houver disponibilidade de imunizantes de outras farmacêuticas.

 

Fonte: R7
Foto: Leonhard Foeger / Agência Reuters / Divulgação

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