“A humanidade é constituída, ainda hoje, de Herodes e magos, de pessoas que peregrinam neste mundo, que no caminho da vida seguem tantas estrelas, adoram tantos reis, mas têm dificuldades em distinguir o brilho da Luz da vida”
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Estamos iniciando um novo ano, e creio que muitos trazem no coração aquela esperança de que este ano vai ser melhor, para a vida pessoal, o mundo do trabalho, a família, etc. Geralmente, quando concluímos um ano, olhamos para o caminho que foi percorrido e fazemos memória dos fatos que marcaram a nossa vida. Alguns podem nos ter proporcionado momentos de intensa alegria, outros podem ter ferido a nossa vida, no corpo e na alma, porque significaram perdas importantes para a nossa vida pessoal, familiar ou comunitária.
Ao iniciarmos um novo ano, geralmente temos projetos que, às vezes, foram adiados, mas que gostaríamos de vê-los realizados. Por isso, não é um momento para lamentarmos o que perdemos ou deixamos de fazer, mas de começarmos um ano novo com vigor e ardor redobrados, para vencermos os desafios da nossa vida e dos nossos projetos, sejam eles pessoais, familiares ou comunitários.
Como povo de Deus a caminho da casa do Pai, celebramos há poucos dias o Santo Natal, quando contemplamos a força de Deus na fragilidade de uma criança, no pequeno e “desprotegido” menino Jesus, a “luz do mundo”. E foi justamente a esperança de encontrar a “luz” que moveu os reis magos a partirem, guiados por uma estrela, sem saberem ao certo onde iam parar, mas não deixaram de se colocar a caminho. Eles queriam adorar o verdadeiro Rei, mas nos palácios de Jerusalém encontraram apenas o rei Herodes, que obcecado pelo poder, não conseguia ver as manifestações de Deus na história do seu povo. Foi na pequena Belém que os corações dos magos se encheram de alegria e seus olhos puderam ver o Rei que buscavam. “E, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe e prostrando-se o adoraram…” (Mt 2,11). Tinham encontrado o que buscavam, depois de deixar a segurança do próprio lar e de colocar-se a caminho, seguindo a estrela. Fizeram uma viagem marcada pela fé e a esperança de encontrar o Rei do Universo, Senhor do tempo e da história, luz, caminho verdade e vida. Na pequena Belém, a busca dos magos tinha chegado ao fim, e na fragilidade de uma criança encontraram a resposta, alcançando os objetivos da longa jornada: adorar o Rei.
A presença dos magos, que vieram do Oriente para adorar o Senhor, abre os nossos olhos para entendermos que a salvação de Deus é oferecida à humanidade. É, antes de tudo, um dom do amor de Deus. Seu plano de amor é fazer da humanidade uma única família em Jesus Cristo. A humanidade é constituída, ainda hoje, de Herodes e magos, de pessoas que peregrinam neste mundo, que no caminho da vida seguem tantas estrelas, adoram tantos reis, mas têm dificuldades em distinguir o brilho da Luz da vida, e de prostrar-se, para adorar o Rei da eterna glória. O encontro com o Rei encheu de alegria o coração dos magos e os conduziu por um novo caminho. Ele, o Rei dos reis, quer estar no nosso coração e nos acompanhar no caminho da vida. Deixe a sua luz iluminar os teus passos, e a sua Palavra guiar tua vida, para poder caminhar com alegria e esperança neste mundo, e um dia poder estar na glória do Pai.
+ Dom José Gislon, OFMCap.
Bispo Diocesano de Caxias do Sul
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