A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) reuniu, nessa segunda-feira (6), na sua sede, representantes de entidades de criadores de equinos, para apresentar informações sobre o levantamento da incidência de mormo no estado. Após um ano do primeiro caso diagnosticado da doença no RS, técnicos da secretaria, junto com os do Ministério da Agricultura, fizeram um levantamento com cruzamento de dados do número de exames aplicados, que estão em cerca de 180 mil, em relação ao número de animais que foram diagnosticados com mormo, e que atualmente são 62.
A intenção deste procedimento foi viabilizar a ampliação de permissão de trânsito de equinos, por meio da emissão da Guia de Transito Animal (GTA) para o exame negativo do mormo, para seis meses (180 dias). Hoje a permissão vale por 60 dias.
O coordenador do Programa de Sanidade Equina da Seapi, Gustavo Diehl, apresentou o levantamento feito em 180.052 animais testados em 489 municípios, de junho de 2015 a abril deste ano. Destes, 179.944 foram negativos, com 62 casos positivos confirmados, o que representa 0,034%, considerada uma prevalência extremamente baixa. O RS possui mais de 111 mil propriedades com equinos no RS, em uma população de 529 mil cavalos. Ainda segundo Gustavo Diehl, a emissão de GTAs aumentou. Em 2015 foram emitidas mais de 277 mil guias. Diehl destacou que “há a necessidade da continuidade do trabalho, já que atuamos para evitar a propagação dos focos entre os animais e também entre os humanos. Precisamos manter aproximação com as entidades e órgãos para poder atuar em conjunto”.
Após a apresentação do levantamento, o secretário da Agricultura, Ernani Polo, confirmou a ampliação. “Chegamos a esta ampliação após um excelente trabalho de nossos técnicos da Seapi, com apoio do Ministério da Agricultura e da Ufrgs, que permitiu verificar a baixa incidência da doença. A finalidade é manter o controle e o monitoramento do mormo, medida que estamos desenvolvendo de forma eficaz. Por outro lado, é fundamental que os proprietários façam exames, inclusive naqueles animais que não foram testados, para que o cerco à doença aumente. Com a ampliação para seis meses da permissão de trânsito de equinos com exame do mormo, queremos também que todos os proprietários dos animais tenham condições de aplicar exames e, da mesma forma, tenhamos a garantia de manutenção dos eventos equestres, tão importantes em nossa cultura e tradição gaúcha. Agradeço a todas as entidades que estiveram e estão conosco neste trabalho”, ressalta Polo.
Bernardo Todeschini, chefe do Serviço de Saúde Animal da Superintendência do Ministério da Agricultura no RS, disse que “quando ocorreu o primeiro diagnóstico, em junho de 2015, a secretaria tomou a decisão certa de fazer um amplo teste nos animais, como medida de precaução. Com os dados acumulados desses testes fizemos o estudo, que nos permitiu verificar a baixa ocorrência da enfermidade no RS e, com isso, a necessidade de redefinir a estratégia de controle. Assim, o trabalho de controle e erradicação do mormo continuará, mas agora por intermédio de procedimentos direcionados aos animais e propriedades de maior risco para a doença. Além disso, vamos desenvolver um estudo de prevalência, que nos dará um retrato fiel da situação no RS. Este conjunto nos permitirá trabalhar de forma mais estratégica e eficaz”.
Participaram da reunião o secretário do Turismo, Esporte e Lazer, Juvir Costella, os deputados estaduais Sérgio Turra, Adolfo Brito e Gilmar Sossela, representando seus colegas Jorge Pozzobon, Frederico Antunes e Edson Brum, os deputados federais Jerônimo Goergen e Afonso Hann, e representantes do MTG, Federação Gaúcha de Laço, Associação de Criadores, IGTF, CRMV, Fetag, Farsul da Câmara Setorial de Equinos e equipe técnica da secretaria e do Ministério da Agricultura.
Fonte: Secretaria de Agricultura do RS
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