Alimentação saudável e atividade física são aliados no combate a depressão

As atividades físicas são um componente importante para o bem estar do corpo humano. Movimentar, exercitar e praticar esportes são recomendações gerais que estão no grupo de sugestões de todos os médicos e profissionais de saúde. Porém, tendo em vista a relevância do assunto, é preciso relacionar atividades físicas com uma boa saúde mental. Isso porque em plena pandemia, torna-se necessário alertar a sociedade sobre a importância do cuidado físico e mental como prevenção ao suicídio.

“É muito importante levarmos para conhecimento público o poder que os alimentos têm para o corpo e a mente. Por exemplo, o ácido fólico é um antidepressivo natural, e pode ser encontrado em alimentos como o tomate. As frutas cítricas diminuem o cortisol que é um hormônio do stress e, também, ajuda no bom funcionamento do sistema nervoso. Já o carboidrato integral, gera disposição e dá energia para enfrentar o dia-a-dia. Mas claro, é necessário seguir uma boa orientação nutricional”, aborda a psicóloga Thaisy Bernardi.

Já a prática de exercícios físicos, alivia o mau humor, inibi a indisposição e gera a sensação de prazer e bem-estar. “Além disso, aumenta a concentração, reduz o stress, diminui a ansiedade, melhora significativamente o humor, a qualidade de vida, além de gerar autoconfiança – indispensável para aqueles que sofrem transtornos emocionais, como crises de ansiedade. E são vários exercícios, de fácil alcance, que as pessoas podem praticar, como corrida, caminhada ou academia, por exemplo”.

Bons hábitos matinais e noturnos

Além disso, Thaysi explica que ter uma boa noite de sono é fundamental para manter a mente sadia e o corpo descansado. Por isso, é preciso adotar alguns hábitos noturnos. “Tomar um banho quente, evitar o uso de telas por pelo menos 1h antes de dormir e não ingerir alimentos estimulantes, como doces, comidas gordurosas e cafeínas. Vale ressaltar que a prática do exercício físico também ajuda a ter uma noite tranquila de sono”, fala.

Pandemia aumenta casos de depressão e ansiedade

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), antes da pandemia, o Brasil já era o país mais ansioso do mundo e, também, apresentava a maior incidência de depressão da América Latina, impactando cerca de 12 milhões de pessoas. Contudo, o cenário de solidão, insegurança, angústia e instabilidade econômica, ocasionado pela pandemia, agravou a situação. Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UEFJ) revelou um aumento de 90% nos casos de depressão. Já o número de pessoas com crises de ansiedade e sintomas de estresse agudo praticamente dobrou entre março e abril de 2020.

 

Fonte: O Sul
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / Divulgação

(RM)

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