Especialista indica alimentos que podem ou não prover bem-estar e ressalta ajuda profissional em casos em que auxílios como alimentação e esporte não surtam efeito
Mesmo antes da pandemia, o Brasil já possuía dados alarmantes sobre ansiedade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, o país registrava o maior número de pessoas ansiosas do mundo: quase 19 milhões. No entanto, o cenário de transtornos psicológicos se acentuou após a pandemia. Uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), entre maio e julho de 2020, revelou que 80% da população brasileira tornou-se mais ansiosa com o aparecimento do novo coronavírus. Uma maneira de contribuir para o melhor controle de alguns hormônios e reações metabólicas que favorecem a saúde mental é a boa alimentação, aliada a outras práticas promovedoras de bem-estar, como exercícios e boas horas de sono.
Bruna Pavão, consultora nutricional da linha de snacks saudáveis da Cuida Bem, explica que alimentos ricos em gorduras saturadas, com adição de açúcares, sal em excesso, corantes e conservantes devem ser evitados, especialmente por pessoas com ansiedade. “Eles podem promover um quadro inflamatório que prejudica o metabolismo da dopamina, responsável pela sensação de prazer e motivação”. Ainda segundo ela, esses ingredientes em excesso podem, inclusive, comprometer a memória e o raciocínio. Os alimentos com maior potencial inflamatório incluem frituras, refrigerantes, bebidas alcoólicas, embutidos (linguiça, salsicha etc) e farinhas refinadas.
Entrando na área dos alimentos que são aliados à saúde mental estão castanhas de caju, amêndoas e chia, pois nelas encontra-se o magnésio. “Esse mineral está envolvido desde a produção de energia até a regulação de neurotransmissores, melhorando aspectos como o controle da insulina, da hipertensão e de transtornos psiquiátricos”, afirma a consultora. Ela lembra que as quantidades a serem ingeridas de alimentos considerados benéficos ou maléficos à saúde devem ser observadas por um profissional da saúde, que levará em conta peso e estilo de vida.
O amendoim é outra oleaginosa com magnésio e apontado como amigo do corpo quando o assunto é sentir-se bem. “É uma boa opção para incluir na dieta, pois pode ser consumido de maneiras muito diversas e ainda apresenta uma boa quantidade desse mineral, o que pode impactar positivamente na saúde mental do indivíduo”, diz Bruna. A profissional se refere aos produtos que oferecem o amendoim in natura, em barras de cereais e tabletes de consumo rápido. A linha de snacks da qual é consultora nutricional oferece essas opções de lanches rápidos sem xaropes e conservantes. “Observados os valores nutricionais, para se evitar a ingestão desses componentes, por exemplo, é possível inserir o amendoim na alimentação e aproveitar seus pontos positivos”, comenta.
Como receita de bem-estar, Bruna reforça que não apenas alimentação e prática regular de esportes trarão bons resultados. É preciso ir mais longe. Ela indica que levar uma rotina menos estressante ajudará na regulação de hormônios ligados ao prazer, e ressalta a importância de encontrar hobbies criativos, tirando um tempo livre das redes sociais. “E lembre-se: caso sua ansiedade não responda a qualquer autoajuda e esteja interferindo na sua vida e afazeres sociais, não sinta vergonha, procure ajuda de um profissional de saúde e se cuide.”
Fonte: ComTexto Comunicação Integrada
Foto: Reprodução amandocozinhar.com
(RM)
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