Agricultores encontraram-se na tarde desta segunda-feira, 18, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STRBG) de Bento Gonçalves, com área de extensão em Monte Belo, Pinto Bandeira e Santa Tereza, para discutir o problema do abastecimento de energia elétrica no interior. Isto porque com os temporais registrados na última semana, em algumas localidades moradores ficaram cinco dias sem luz.
A reunião foi coordenada pelo presidente da entidade, Cedenir Postal, com a participação do assessor jurídico César Gabardo, além de representantes da RGE (Rio Grande Energia) e Agergs – que responde pela fiscalização dos serviços de distribuição de energia elétrica no Estado do Rio Grande do Sul -.
“Tivemos eventos críticos, entendemos que foram temporais, mas nada justifica tanto tempo sem o restabelecimento da energia. Pelo que a gente está acompanhando estas faltas de energias não é nem tanto pelos temporais e sim pela falta de manutenção. Postes podres, árvores na fiação, e acontece tudo junto e o problema se agrava”, afirmou o presidente.
Conforme informações divulgadas pelo Sindicato, estima-se que mais de 400 famílias ficaram sem luz pelo menos em algum período. Pós encontro desta tarde, com a formação de uma Comissão, um relatório dos transtornos causados foi entregue no Ministério Público (MP) veiculado diretamente a Promotoria do Consumidor, bem como no Ministério Público Federal (MPF), pois a RGE é uma concessão pública junto a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O promotor Alécio Nogueira fará agora um acompanhamento e irá avaliar a possibilidade de abrir ou não um inquérito civil. Após o encontro desta tarde, a RGE comprometeu-se de apresentar um plano de recuperação e investimentos ao interior.
O advogado César Gabardo entende “as pessoas possam pedir uma indenização em relação aos danos materiais. Mas, em relação aos danos morais nestas localidades sistematicamente acabam ficando vários diz sem luz com um abalo e prejuízo enorme”, lembrou.
Depoimentos agricultores
O morador da comunidade São Valentim 96, Roberto Parisotto, informou que “faltou luz no sábado às 21h, sem temporal. O pessoal da RGE foi lá, tirou fios e simplesmente foram embora e não retornaram mais. Liguei no 0800 e constava como serviço feito. Esperamos no domingo e depois veio o sinistro. Ficamos 117 horas sem luz”, lamentou.
O agricultor Antônio Parisotto, da mesma localidade, diz que “é serviço de negligência. Quando pedimos a ligação ninguém veio. O temporal foi feio, mas a luz faltou 24h antes. É sempre assim. Cai uma planta na rede e ficamos dois, três dias sem luz”.
Para Daniela Mesadri, de Veríssimo De Matos, “ficamos de sábado até quinta-feira sem luz. Além das perdas econômicas, tem mais a parte social. Tem pessoas idosas que moram na localidade, tenho padrinho e madrinha com mais de 85 anos, que exigem cuidados durante a noite. Já é difícil quando tu tens a luz, imagina sem”.
Fonte: Central de Jornalismo da Difusora
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