Entidade representativa de engenheiros e arquitetos trabalha pela valorização
Alicerçada em projetos de fundações sólidas, a Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Região dos Vinhedos (AEARV) celebra 40 anos de trajetória em 2018. Nascida em meio à necessidade de valorização da classe – premissa que ainda rege sua existência –, a organização desenhou sua história na capacitação técnica de seu corpo associado, na aproximação com os órgãos superiores, no respeito aos códigos éticos das atividades e na promoção de congressos e encontros científicos.
A busca pelo constante aperfeiçoamento da formação acadêmica, assim como a participação no debate de questões inerentes à classe que envolvem o bem coletivo, tem balizado a atuação da AEARV nestas últimas quatro décadas. Palestras frequentes, seja para a apresentação de novos produtos no mercado, seja para a qualificação a respeito de técnicas construtivas, são umas das principais contrapartidas oferecidas pela AEARV aos associados. “A valorização do profissional da arquitetura e da engenharia começa dentro da associação, é por isso que ela existe. Com ela, mostramos à sociedade como esses profissionais são indispensáveis para a segurança e a organização do espaço habitado”, comenta o presidente da AEARV, engenheiro civil Diego Panazzolo.
Neste contexto, o Congresso Estadual da AEARV, um dos mais importantes encontros científicos da área na região Sul, tem contribuído para oxigenar ideias e atualizar estudantes, associados e profissionais a partir das conferências de renomados arquitetos, designers e engenheiros brasileiros. As visões compartilhadas com a classe local oferecem novas formas de pensar e construir não apenas edificações, mas também uma sociedade. “Estamos em busca de uma formação de caráter crítico para nossos profissionais, pois vivemos numa época de muitas mudanças de conceitos”, opina Panazzolo.
Esta é uma forma, também, de a AEARV demonstrar sua preocupação com a comunidade. Ao longo de sua existência, a entidade colocou-se como um ente disposto a interferir de modo positivo em questões pertinentes ao convívio coletivo. Os casos mais recentes dizem respeito a seu posicionamento diante do plano diretor e das futuras instalações do presídio da cidade, além de ter estabelecido uma aproximação com órgãos afins, como o Instituto de Planejamento Urbano (IPURB). “A existência de uma entidade não pode ser apenas para o bem de uma determinada categoria, ela precisa transcender isso e devolver à sociedade alguma forma de contribuição”, acredita o presidente da AEARV.
A conexão entre arquitetos e engenheiros com a cidade e a integração da classe para o fortalecimento e a solidificação das atividades grifam a trajetória da associação antes mesmo de sua fundação, ocorrida em 23 de setembro de 1978. Sua origem data de pelo menos 15 anos antes. O preâmbulo do que viria a ser a organização aconteceu em 1963, num encontro de classe reunindo profissionais com formação acadêmica – os engenheiros civis João Carlos Pompermayer, Nelson Tegon e Elias Japur e o arquiteto Antônio Ernesto Pasquali (in memorian) – e licenciados com registro junto ao Conselho Regional – constituído pelos engenheiros Luigi Tielet da Silva, Valter Galvani e Orlando Heneman, do 1º Batalhão Ferroviário.
A evolução para a criação de uma associação, no entanto, só se daria 13 anos depois daquele encontro. Em janeiro de 1976, um ofício encaminhado por Pasquali ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-RS) formalizaria a ideia de estabelecer uma entidade que tivesse representação no próprio conselho. E colocaria em prática o plano daqueles precursores, porém, agora, já acrescidos e fortalecidos pelo ingresso de profissionais também de fora de Bento Gonçalves
Assim, a AEARV nascia com uma força expressiva maior, incluindo representantes dos municípios de Garibaldi, Carlos Barbosa, Veranópolis e Nova Prata. Quarenta anos depois, a entidade congrega 21 municípios da região Nordeste do Estado – e demonstra como os ideais daqueles pioneiros foram essenciais para sua grandeza.
Sócios-fundadores
Antonio Ernesto Pasquali (in memoriam), Carlos Domingos Piccoli, João Carlos Pompermayer, Dirceu Luis Nicoletti (in memoriam), Nelson Paulo Boelter, Vilson Felix Jacques, Aquiles Roberto Pizzetti (in memoriam), Humberto Roman Ross, Loreno Gracia (in memoriam), Noely Barzenki, Antonio Bertolini, Olivar Basso, Alfredo Cousandier Filho, Ademar Honorato Facherazzi, Eduardo Humberto Jaconi, Baldomir Simon Lapolli, Luiz Martinelli, Edmar Mattevi, Ciro Pavan, Cedamir Poletto, Angelo Francisco de Piñedo Roman Ross, Olavo Rossoni, Ernesto José Sandrin e Elizabete Valduga.
Base de atuação
Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Veranópolis, Nova Prata, André da Rocha, Boa Vista do Sul, Coronel Pilar, Cotiporã, Dois Lajeados, Fagundes Varela, Guaporé, Monte Belo do Sul, Nova Bassano, Protásio Alves, São Valentim do Sul, Serafina Corrêa, Santa Tereza, União da Serra, Vila Flores e Vista Alegre do Prata.
Fonte: Exata Comunicação
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