Ações efetivas de ressocialização são consideradas, por Cezar Schirmer, essenciais na reestruturação do sistema prisional gaúcho. O secretário da Segurança Pública reafirmou seu interesse em novas alternativas no encontro ‘Contribuição das APACs para o Sistema de Segurança Pública’, promovido pelo Ministério Público Estadual (MPRS) e pela a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Canoas (APAC/Canoas), nesta segunda-feira (28), em Porto Alegre.
O evento reuniu representantes do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, da Defensoria Pública, do MPRS e da sociedade civil organizada para debater os benefícios que o método pode trazer para o sistema prisional no Rio Grande do Sul. Na abertura oficial, Schirmer destacou a gravidade do atual cenário, que julga necessitar de soluções diferentes das já apresentadas.
“O quadro é caótico. O ambiente em que os detentos vivem induz à continuidade no crime e ao agravamento da conduta. Queremos semear a proposta das APACs no Rio Grande, pois sabemos que é possível e sabemos os resultados que podem ser obtidos”, assegurou.
Durante o encontro, foi apresentada a experiência do município paranaense de Barracão. Nenhum dos 23 presos que lá cumpriu pena reincidiu. Atualmente, há 50 detentos na unidade, dos quais 16 estão no regime fechado e 34 no semiaberto. Os detentos têm perfis variados e muitos cometeram crimes graves, como estupro, homicídio e latrocínio.
Para o secretário, são ações como esta que vão promover alterações efetivas na realidade vivida pelos apenados. “Se acharmos que apenas a SSP e suas instituições vinculadas possuem responsabilidade, estaremos agindo a partir de uma premissa equivocada. A sociedade civil é fundamental e uma das provas é o sucesso das APACs onde elas atuam”, afirmou.
O Ministério Público trabalha em parceria e participou da origem da APAC/Canoas, entidade pioneira no RS. O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Fabiano Dallazen, saudou a posição do governo estadual em fomentar a implantação do método. “Nosso desafio, agora, é reproduzir aquilo que sabemos que pode dar certo e fazer com que as pessoas acreditem na eficácia deste modelo”, disse.
O método APAC
Atualmente, o método APAC é referência em ressocialização de apenados. Nele, os condenados a penas privativas de liberdade são recuperados e reintegrados ao convívio social de forma humanizada e com autodisciplina.
Aplicado há mais de quatro décadas, tem uma perspectiva mais ampla de proteção da sociedade, de promoção da Justiça e o socorro às vítimas. Os próprios presos são corresponsáveis pela sua recuperação e contam com assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica prestada pela comunidade.
Fonte: Piratini
IV Encontro Restaurativo reforça os ideais da cultura de paz em Bento Gonçalves
Prefeitura de Bento realiza mutirão de limpeza de pichações neste sábado, dia 23
BRIGADA MILITAR APREENDE ADOLESCENTE POR TRÁFICO DE DROGAS E PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO, EM BENTO GONÇALVES