Ação do CISGA poderá garantir testes rápidos de coronavírus para municípios da região

Os Municípios da região da Serra aguardam pelo Ministério da Saúde o envio de testes rápidos para diagnosticar o coronavírus (Covid-19). A previsão é que após o dia 20 de abril uma determinada quantidade chegue até as Prefeituras, mas não se sabe exatamente qual.

Buscando antecipar a possibilidade de contar com esta ferramenta, uma articulação conjunta está sendo viabilizada pelos 17 municípios que integram o CISGA (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha).

Por isto nas próximas horas uma licitação deverá ser aberta para uma compra coletiva. O pregão eletrônico deverá girar em R$ 250 mil buscando o menor preço. Em se concretizando, os municípios receberiam os testes de acordo com o número de habitantes e contribuição paga ao Consórcio.

O prefeito de Nova Roma do Sul, presidente do CISGA, Douglas Favero Pasuch, salientou que uma “resolução entre prefeitos decidiu para compra de testes rápidos através de uma cotação de preços. Se conseguirmos baixar o preço poderemos comprar 2500 kits”, destacou.

O prefeito Guilherme Pasin, de Bento Gonçalves, que é o presidente da Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste), tem conversado com demais gestores em busca desta aquisição. No Município esta é uma das apostas, além de um recurso de R$ 127 mil doado pelo Poder Judiciário proveniente da aplicação de penalidades de prestação pecuniária, suspensão condicional ou transação penal. Isto deve proporcionar pelo menos 1 mil testes rápidos.

“Como o Governo Federal não tem data de entrega temos que buscar alternativas e queremos que cheguem no menor tempo possível”, destacou.

Relembre

O Governo Federal já conta com um lote de 500 mil testes rápidos para diagnosticar o coronavírus, estes importados da China. Trata-se de um primeiro lote de um total de 5 milhões adquiridos pela Vale e doados ao Ministério da Saúde. Eles serão usados em profissionais de que atuam na área de saúde em postos de saúde e hospitais de todo o país, agentes de segurança, como policiais, bombeiros e guardas civis que estejam com sintomas.

Funciona assim: entre o sétimo e décimo dia do surgimento dos sintomas de coronavírus coleta-se uma gota de sangue, a exemplo da medição de glicemia (taxa de açúcar no sangue). A partir desta gota de sangue é possível detectar a presença de anticorpos (IgG e IgM), que são defesas produzidas pelo corpo humano contra o vírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19. Os resultados deste teste saem praticamente na mesma hora, duram cerca de 15 a 30 minutos.

Antes de começarem a ser distribuídos para o país os testes passam agora por análise da qualidade pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fiocruz. A análise de qualidade de todos os insumos adquiridos pelo Ministério da Saúde é praxe para garantir a segurança do produto. A expectativa é de que já a partir da próxima semana comecem a ser distribuídos para todos os estados do país.

O restante dos testes rápidos doados pela Vale (4,5 milhões) deve chegar ao Brasil ainda no mês de abril.

O Ministério da Saúde já distribuiu para laboratórios públicos de todo o país mais de 54 mil testes de biologia molecular, chamados de RT-PCR. Este tipo de teste identifica o vírus que provoca o coronavírus logo no início, ou seja, no período em que ainda está agindo no organismo. O uso desses testes é feito para diagnosticar casos graves internados.

Ao todo, juntando testes rápidos e de biologia molecular (RT-PCR), o Ministério da Saúde irá distribuir quase 23 milhões de testes para diagnosticar a Covid-19, seja por aquisição direta ou por meio de doações.

 

Fonte: Felipe Machado – Central de Jornalismo da Difusora com informações do Ministério da Saúde

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