A Associação Ativista Ecológica (AAECO), Organização Não Governamental (ONG), licenciada para o recolhimento de lixo eletrônico em Bento Gonçalves, deve deixar nos próximos dias a atual sala que ocupa desde 2006, anexa ao antigo estádio da Montanha.
A entidade recebeu no último dia 5, um mandado de desocupação após a Prefeitura do município mover ação contra a associação. Na sexta-feira, dia 15 a AAECO teve negado um mandado de segurança para tentar impedir a reintegração de posse.
Segundo o advogado da ONG, Ailor Brandelli, a ideia da entidade era suspender o mandado pelo menos até que se julgasse o mérito, porém o recurso não foi recebido com efeito suspensivo, e a sala deve ser devolvida ao município. O advogado salienta ainda que a entidade deve fazer a contestação “o próximo passo é fazer a defesa na ação que tramita aqui em Bento Gonçalves. Pode acontecer de o próprio juiz suspender o cumprimento da liminar, rever o ato, mas só saberemos futuramente”.
Ainda segundo Brandelli, a entidade vai cumprir a ordem judicial e devolver a sala, o que deve impactar no recolhimento do lixo eletrônico, que deve ser suspenso, pelo menos temporariamente.
A justificativa do município para desocupar a sala seria a precariedade da estrutura física do local, que apresentaria rachaduras, e falta de conservação. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Bento Gonçalves, Claudiomiro Dias, o município está procurando um novo espaço para a entidade, e acredita que os trabalhos não serão afetados “estamos pleiteando junto do próprio secretário Gilnei Rigotto – responsável pela AAECO – um novo espaço para ele, e sobre a coleta acho que devemos dar continuidade, não podemos parar esse trabalho e vamos tomar providências, mas acredito que não vai parar, a AAECO tem condições de continuar fazendo esse trabalho”.
Apesar de afirmar que a AAECO não deve suspender os trabalhos, o secretário não confirmou onde a entidade deve se instalar após a desocupação da sala. O último contrato entre entidade e município foi celebrado ainda na gestão do ex-prefeito Roberto Lunelli e a licença ambiental tem validade até o ano de 2020.
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