As contas da previdência são foco do pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pelo senador gaúcho Paulo Paim (PT). Para que seja aprovada, é necessária a assinatura de 27 dos 81 senadores. A coleta de assinaturas iniciou na semana passada e até sexta-feira, dia 17, 18 haviam aderido a proposta.
De acordo com Paim, o objetivo da proposição é desmistificar a farsa do déficit da previdência. Ainda conforme ele, os dados mostram que a previdência brasileira sempre foi superavitária. “Eles dizem que está com déficit, onde foi parar o dinheiro, se ela foi superavitária. Nós provaremos na CPI que a fraude, a corrupção, o desvio do dinheiro, a sonegação foi enorme em todos os períodos e que daria para arrecadar, se houvesse uma fiscalização mais firme e uma cobrança mais dura até R$ 500 bilhões a mais por ano”, afirma.
O senador ressalta o intuito da CPI esclarecer os fatos. “Se alguém fez desvio do dinheiro que ele volte para os cofres da previdência e nós assim, a luz da verdade mostraremos que não precisa você obrigar o cidadão a se aposentar somente após os 65 anos, com 49 anos de contribuição, o que é impossível”, ressalta. Ele apela para que a população pressione os senadores de seus estados para que seja possível a abertura da CPI. “Quem tem medo de CPI? Cansamos de dizer que há superávit, eles dizem que [a Previdência] é deficitária. Então vamos fazer uma CPI para ver quem está mentindo”, afirmou em seu discurso no senado.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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